Bernardo Vasconcelos, da ACEGE Next, sustenta que «não são apenas os grandes líderes que podem mover montanhas»
Lisboa, 18 nov 2020 (Ecclesia) – Bernardo Vasconcelos, membro da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE Next), disse à Agência ECCLESIA que o encontro digital sobre a ‘Economia de Francisco’, convocado pelo Papa, é um projeto apontado ao futuro.
“Não são apenas os grandes líderes que podem mover montanhas”, mas também a população, sustenta.
50 participantes portugueses inscreveram-se na conferência digital, com pessoas de 120 países, que começa esta quinta-feira e termina no sábado, com uma mensagem do Papa Francisco, reunindo estudantes, investigadores e empresários.
O grupo de Portugal sentiu a necessidade de lançar uma estrutura própria, “totalmente criada por jovens, mas direcionada a toda a população”, que visa criar pontes entre “as várias iniciativas que se realizam em Portugal”.
“Atividades que abracem estes temas nos próximos anos”, realçou Bernardo Vasconcelos, entrevistado de hoje no programa ECCLESIA (RTP2).
O entrevistado Bernardo Vasconcelos sublinhou que o encontro digital “não vai ser o fim” deste projeto nem o seu início, mas um momento de “parar para organizar ideias”.
O Papa Francisco convocou jovens economistas, empresários e empresárias de todo o mundo” para o encontro sobre economia que “faz viver e não mata”; o evento que se ia realizar em março, em Assis (Itália), foi adiado para este mês novembro (19 a 21) por causa da pandemia de Covid-19 e decorre nos meios digitais.
Ao longo deste tempo de preparação para a iniciativa, dezenas de jovens de várias escolas aprofundaram os temas propostos pelo Papa Francisco.
“Foi muito bom criar um bom painel de professores para que as pessoas ficassem entusiasmadas” e, os cursos preparatórios deram origem a uma comunidade, referiu Bernardo Vasconcelos.
O programa prevê intervenções de Jeffrey Sachs (EUA, economista, presidente da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (UNSDN); Muhammad Yunus (Bangladesh), economista e Banqueiro, considerado o pai do microcrédito, prémio Nobel da Paz em 2006; Jennifer Nedelsky (Canadá), filósofa e professora na Universidade de Toronto; Vandana Shiva (Índia), ativista ambiental, membro do conselho do Fórum Internacional sobre Globalização.
“Se formos cegos, a economia pode matar mesmo”, concluiu Bernardo Vasconcelos.
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