Conclusão das Jornadas de Pastoral Sócio – Caritativa da diocese do Porto “A Igreja deve implementar e manter as respostas sociais” porque há quem coloque a questão “se a Igreja não deve entregar ao Estado a implementação de respostas sociais” – sublinhou à Agência ECCLESIA o Pe. Lino Maia, director do Secretariado de Pastoral Social e Caritativa da diocese do Porto, organismo que promoveu, dias 25 e 26 deste mês, umas jornadas sobre “O serviço da caridade – a Igreja nas respostas sociais”. Uma iniciativa onde foram clarificadas as novas formas de pobreza da sociedade contemporânea. A Igreja tem de “encontrar respostas sociais para este tipo de povos” – disse. E exemplifica: “os povos sem comunidade que estão sempre em trânsito” e aqueles “sem tecto que durante a noite vivem nos vãos de escada e durante o dia estendem a mão a quem passa”. Situações que merecem, por parte da Igreja, “encaminhamento para respostas sociais”. Os cerca de 150 agentes de pastoral que participaram nestas jornadas referiram também que a “Igreja tem algumas razões de queixa pela forma como é tratada”. E clarifica: “a Igreja não pede ao Estado. Reclama porque não está numa de estender a mão ao Estado mas de abraçar as pessoas necessitadas”. O Estado deve “repartir aquilo que recebe de impostos” – disse o Pe. Lino Maia. Para além destas conclusões, o responsável pelo referido Secretariado realçou que “é importante que os povos sejam atendidos preferencialmente na comunidade mais próxima”. Parafraseando o Pe. Américo – Cada comunidade deve cuidar dos seus pobres – o Pe. Lino Maia pede para que em todas paróquias “existam respostas para os seus pobres”. E finaliza: “quanto mais próxima melhor será”.
