Igreja defende maior participação cívica dos angolanos

O interior de Angola necessita “de uma democracia aberta e participativa, tendo em conta que o actual quadro político não concede tanta abertura assim a esta região do país em relação ao litoral”. A questão mereceu amplo debate e constou como uma das principais conclusões do comunicado final do I Congresso Pró Pace da Diocese de Saurimo (Angola,), realizado durante o último fim-de-semana. Os participantes recomendaram uma maior participação dos cidadãos na vida do país. Para o efeito, concluíram ser necessário haver uma democracia aberta e participativa,respeitando os direitos e deveres dos cidadãos. O comunicado final do encontro sublinha “a fraca capacidade de alguns partidos políticos na elaboração e execução dos seus programas constitui um obstáculo no processo de democratização do país”. Os congressistas concluíram, nos seus debates, ser necessária a adopção de medidas adequadas para que as mulheres possam participar activamente no desenvolvimento das comunidades. A igualdade de direitos foi ressaltada como sendo importante na perspectiva “de privilegiar as mínimas condições sociais aos mais desfavorecidos, que são a grande maioria da população. Contam-se entre estes, sobretudo os habitantes das recônditas zonas rurais”, argumentam os participantes. O comunicado final indica ainda que os cidadãos não tomam parte activa “da vida política da sociedade”. Referem como causa desta atitude, o receio de confrontarem as autoridades. “Há actualmente na sociedade angolana uma convergência de comportamentos, que induzem a um estado de conformismo e de medo em relação à participação e tomada de decisões na vida do País”. Tomaram parte do Congresso mais de uma centena de pessoas, entre membros do Governo, de partidos políticos, autoridades tradicionais, pastores de igrejas cristãs, funcionários públicos, catequistas, sacerdotes e freligiosas de toda a Província. Redacção/Jornal Apostolado (Angola)

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