Igreja da Trindade encerra ciclo em Fátima

D. José Policarpo liga devoção à Santíssima Trindade à mensagem mariana de Fátima, defendendo o novo edifício D. José Policarpo disse hoje em Fátima que a igreja da Santíssima Trindade veio encerrar um ciclo, nascido por vontade de Nossa Senhora em 1917. Depois da Capelinha e da Basílica de Nossa Senhora do Rosário, a nova igreja vem “completar a expressão do mistério de Fátima” ligando-o à presença da Trindade. “Há 90 anos, Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos que lhe fizessem aqui um templo, uma capela, uma igreja”, lembrou, frisando que “esse desejo da Senhora, de certa forma, completamo-lo hoje”. Depois de destacar a presença da imagem de Nossa Senhora na Capelinha e dos dos Beatos Francisco e Jacinta na Basílica construída nos anos 50, o Cardeal-Patriarca assegurou que “faltava um templo, um santuário onde tudo partisse de Deus uno e trino”. “Fizemo-lo hoje: a partir deste momento, mesmo no aspecto físico daquilo que a Senhora pediu – ter aqui um Santuário que seja a presença do Deus vivo – este Santuário é um só”, observou. “Capelinha, Basílica do Rosário, igreja da Trindade são apenas marcos físicos que acentuam algo de muito mais belo: em nós aqui reunidos, no coração de cada um de nós, Deus quer fazer o seu templo”, asseverou o Patriarca de Lisboa D. José Policarpo disse que “tudo em Fátima começa no coração imaculado de Maria que nos espera na Capelinha, concretiza-se numa história de salvação vivida aqui por tantas pessoas que aqui passaram, na Senhora do Rosário, e culmina em beleza de amor, em expectativa do céu na terra, nesta adoração de Deus Trindade Santíssima”. Na celebração nocturna da Peregrinação Internacional Aniversário de Outubro, perante milhares de peregrinos, D. José Policarpo destacou a dimensão de “intimidade” gerada pelo ambiente. O Cardeal-Patriarca destacou na sua homilia a presença renovada da “Trindade Santíssima” no Santuário, um dado que “não é novo na experiência espiritual de Fátima”. “Foi assim desde o princípio, logo na aparição do Anjo ficou claro que tudo o que Nossa Senhora ia dizer, tudo o que ela pedia, tudo o que ia acontecer na linha da conversão dos corações, só teria sentido porque partia da força do amor de Deus e se transformava em amor de Deus”, disse. “Deus é sempre Trindade, mesmo que eu me aproxime dele através da ternura de Maria”, precisou, “e só assim o descubro como fonte de amor, voragem de amor”. “Estamos num Santuário construído por vontade de Nossa Senhora, onde ela nos aparece como uma das mais intensas presenças de Deus no coração de uma criatura”, assinalou. O Cardeal português frisou que “há 90 anos o céu tocou aqui a terra”, exprimindo “a grande novidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus connosco, Deus como nós, a habitar no meio de nós, a desejar ser nosso íntimo, nosso amigo”. O Patriarca de Lisboa lembrou que a Capelinha das Aparições foi “vandalizada no princípio (dinamitada a 6 de Março de 1922, ndr), alertando-nos de que esta irrupção do reino de Deus entre nós, esta presença do céu na terra, este desafio de amor terá sempre quem o rejeite”. “Ao mistério da piedade contrapõe-se sempre o drama do pecado”, apontou. FOTO: Lusa

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