Igreja/Cultura: Museu dos Terceiros «serve a cultura de Ponte de Lima e a cultura portuguesa»

Espaço é uma das instituições que podem ser visitadas nas «Feiras Novas, em honra de Nossa Senhora das Dores»

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Ponte de Lima, 04 set 2024 (Ecclesia) – O Museu de arte sacra dos Terceiros de Ponte de Lima (Diocese de Viana do Castelo) é uma das instituições limianas que pode ser visitada nas ‘Feiras Novas’, em honra de Nossa Senhora das Dores, que começam hoje.

“O museu tem essencialmente arte sacra, que aqui em Ponte Lima se destaca por muitas imagens, muitas pinturas, muitos óleos, sobretudo situados nos séculos XVI, XVII e XVIII”, disse o presidente do Instituto Limiano – Museu dos Terceiros, à Agência ECCLESIA.

O Museu dos Terceiros de Ponte de Lima está instalado no antigo Convento de Santo António dos Capuchos e no edifício da Ordem Terceira de São Francisco, com duas igrejas que “unem séculos de história”, respetivamente de 1480 e de 1745, os claustros e os jardins.

“Tudo o que diz respeito à arte sacra, incluindo as próprias estruturas das igrejas, é, naturalmente, uma parte deste Museu dos Terceiros”, acrescentou João Maria Carvalho.

O presidente do Instituto Limiano destaca que a arqueologia no concelho de Ponte de Lima (Diocese de Viana do Castelo) “é uma atividade muito prolífera, que tem bons resultados”, e uma das valências deste instituto, por isso, o Museu dos Terceiros “acolhe muitas peças de arqueologia”.

Ponte de Lima está em festa, de 4 a 9 de setembro, com as suas ‘Feiras Novas’ em honra de Nossa Senhora das Dores, que integram o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

O presidente do Instituto Limiano salienta que a arte e a fotografia são outras valências, e, no museu, promovem e acolhem exposições, por exemplo, sobre “as procissões em Ponte de Lima, quer do Corpo de Deus, quer da Senhora das Dores”.

“São exposições que dão vida a Ponte de Lima, que recordam tudo aquilo que foi a sequência das atividades religiosas e, só através desta valência, que é a valência da arte, é que se consegue dar vida a toda essa arte cultural”, desenvolveu João Maria Carvalho.

O Museu dos Terceiros tem também um serviço educativo, “em virtude do protocolo estabelecido entre o Instituto Limiano e o Município de Ponte de Lima”, que pretende “atrair as crianças, as escolas e fazer com que sintam por dentro e com as próprias mãos o que é Arte Sacra e tudo aquilo que é arte”.

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Em 2021, período marcado pela pandemia de Covid-19, o Museu dos Terceiros passou a integrar a Rede Portuguesa de Museus, o que “traz a Ponte de Lima uma mais-valia”.

“Naturalmente, cria-se laços muito grandes de relação cultural com outros museus, estabelecem-se ligações, trazem-se experiências de outros campos museológicos, de outros campos culturais”, explicou o presidente do Instituto Limiano – Museu dos Terceiros.

O Instituto Limiano, associação cultural sem fins lucrativos, foi criado em janeiro de 1975, por D. Carlos Pinheiro (1925-2010), nas igrejas do antigo Convento dos Capuchos e da Ordem Terceira de São Francisco; o futuro bispo auxiliar de Braga (nomeado em 1985) era pároco de Santa Maria dos Anjos de Ponte de Lima, desde 1954.

Em 2002, a autarquia de Ponte de Lima e o instituto da paróquia católica celebraram um protocolo para o restauro e gestão conjunta do espaço, com o museu a reabrir ao público em 2008.

“Esse protocolo permitiu que se fizessem obras de restauro nestes dois monumentos, permitiu que se estabelecesse aqui uma rede de museus, e permitiu também ter em funcionamento, de forma organizada, todo este conjunto que serve a cultura de Ponte de Lima e a cultura portuguesa.”

O Instituto Limiano, conclui João Maria Carvalho, tem mais valências, “dedicadas a outras atividades de índole cultural”, como um Orfeão Limiano, criado em 19 de maio de 1979, “que tem provas dadas da sua atividade e está com cerca de meia centena de coralistas”, a biblioteca, e conferências.

O museu pode ser visitado de terça-feira a domingo – das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 – e vai estar encerrado na “Segunda-feira de Feiras Novas”, a próxima segunda-feira, 9 de setembro, o dia dedicado às solenidades religiosas em honra de Nossa Senhora das Dores: Missa Solene, com sermão às 10h30, na igreja matriz; a oração de vésperas, às 16h00; seguindo-se a “majestosa procissão” pelo centro histórico de Ponte de Lima.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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