Miguel A. Rodrigues pensou mosaicos numa perspetiva «contemporânea e hiperbarroca»
Lisboa, 13 fev 2017 (Ecclesia) – A Capela de São João Baptista, na igreja de São Roque, em Lisboa, recebeu a obra ‘Nous sommes poussière’ do escultor Miguel A. Rodrigues que se inspirou nos seus mosaicos e no padre António Vieira para o nome.
Num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, o escultor explica que na obra ‘Nous sommes poussière’ – ‘Somos Pó’ – procurou em termos estéticos “incorporar os mosaicos que cobrem a capela”.
Miguel A. Rodrigues afirma que pensou os mosaicos de uma perspetiva “contemporânea e hiperbarroca”, por isso, a sua forma reflete a escala barroca e “o movimento do vento característicos deste estilo”.
A Capela de São Baptista é uma das capelas que integram a igreja de São Roque, situada no Largo da Misericórdia e património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O artista informa que junta as suas criações artísticas a locais históricos de Portugal num projeto intitulado ‘Sapiens Atelier’ onde está a construir esculturas em volta do reinado de D. João V e já foram feitas também obras para o Museu dos Coches e a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.
“Pretende-se com este conjunto aprender com a estética barroca Joanina percebendo o que dela pode ser redescoberto para os nossos dias. Compreender os objetivos políticos deste rei e como as suas crenças o moldaram o seu reinado”, desenvolve Miguel A. Rodrigues sobre o seu projeto.
O projeto ‘Sapiens Atelier’ procura mostrar que “o património português é um dos grandes valores do país” e agora está presente também na Capela de São João Baptista da Igreja de S. Roque em Lisboa que foi encomendada por D. João V, o Magnânimo, em 1740.
De recordar que a referida capela foi construída em Roma, entre 1742 e 1747, onde foi parcialmente montada para que o Papa Bento XIV e depois enviada em naus para Lisboa tendo como destino à época a igreja-mãe da Companhia de Jesus (Jesuítas).
CB
