Reinventar a solidariedade no «ilusionismo dos governantes» É fundamental que as pessoas envolvidas na dimensão social possam encontrar-se para fazer um debate “com vistas largas e profundas” – disse D. Carlos Azevedo, Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, após o encontro preparativo do Simpósio «Reinventar a Solidariedade (em tempos de crise)», a realizar, a 15 de Maio, em Lisboa. Em declarações à Agência ECCLESIA o prelado frisou que as questões vividas “nesta recessão económica e a desregulação financeira exigem um repensar de um novo modelo de desenvolvimento tanto económico como do estilo de vida”. Este simpósio é promovido pelo Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa e a sua organização foi confiada às comissões Episcopais da Pastoral Social e da Cultura. “Pretendemos ajudar a criar uma amplitude de perspectivas para além da assistência social – está a ser feita e é imediata – que permita um repensar a vivência económica e as opções do estilo de vida” – disse D. Carlos Azevedo. Hoje, em Fátima, a equipa que prepara o simpósio esteve reunida com os vários secretários diocesanos desta área da pastoral. “Tentaremos descobrir novas formas de resposta social que já existem, mas em forma de ensaio e experimentais” – avançou. As temáticas a reflectir estão voltadas para o futuro. “Não basta fazer uma leitura da situação porque o importante serão as propostas” para os tempos que se avizinham. Ao “ilusionismo dos nossos governantes”, a organização pretende propor “o concreto da caridade” – referiu o bispo. A fantasia da caridade cristã é capaz “de tornar o impossível no possível”. A mobilização das dioceses para esta iniciativa é essencial. “Se tivermos cerca de 50 pessoas por diocese, teremos no simpósio mil pessoas” – salienta o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social. E acrescenta: “trata-se de um encontro que se projecta para o futuro”. Partindo de um diagnóstico verdadeiro, “queremos respostas que ajudem a resolver os problemas da sociedade” – finalizou.