Diretores de revistas culturais dos Jesuítas estão reunidos em Portugal
Sintra, Lisboa, 08 jun 2013 (Ecclesia) – O jesuíta Antonio Spadaro, consultor do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais (Santa Sé) afirmou que a Igreja Católica deve estar atenta às mudanças no mundo dos media para transmitir a sua mensagem.
“Hoje a comunicação já não acontece por transmissão, mas por partilha: comunicar uma mensagem já não significa transmitir alguma coisa, mas partilhar numa rede de relações”, disse à Agência ECCLESIA o diretor de ‘La Civiltà Cattolica’
O especialista encontra-se em Portugal a participar no encontro europeu de diretores de revistas culturais dos Jesuítas.
Para o padre Spadaro, há uma “mudança no modo de viver a comunicação” que é preciso entender, também por parte de quem tem responsabilidades editorais, abrindo-se às redes sociais e aos novos media.
“Não se trata de mudar por mudar, o gosto pela novidade, mas dar-se conta de que o mundo muda”, precisa.
Os próprios leitores, acrescenta o responsável, querem “comunicar e partilhar o seu próprio pensamento”.
“A rede, o ambiente digital, não se deve interpretar como um meio: é um ambiente normal de presença, de vida, de comunicação. Por isso, não é um instrumento para fazer alguma coisa, mas um ambiente onde se vive, um tecido conetivo das nossas experiências”, prossegue o sacerdote italiano.
Para este especialista, a reflexão da Igreja sobre os media e a comunicação é “uma reflexão madura, atenta, que coloca questões”, com propostas “muito interessantes”.
“Hoje, se uma mensagem não estiver encarnada nas relações já não tem sentido; no fundo comunicar significa testemunhar valores e a Igreja tem uma enorme tradição neste campo”, sustenta o padre Spadaro.
O anfitrião do encontro, padre António Vaz Pinto, diretor da ‘Brotéria’, afirma, por sua vez, que é “indispensável” perceber e ter um “olhar crítico” sobre a cultura de cada momento, propondo “alternativas”.
Este responsável fala ainda no esforço de lançar as publicações “para o futuro” e aproveitar as “novas oportunidades de diálogo” que se abrem com as várias plataformas.
OC