Cardeal Peter Turkson desafia agentes da pastoral a «encontrar espaço na liturgia» para música cigana
Madrid, 24 abr 2017 (Ecclesia) – O Comité Católico Internacional para os Ciganos (CCIT) alertou para a “discriminação” da comunidade rom, na reunião anual desta organização, que terminou este domingo em Madrid.
O prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral da Santa Sé afirmou “não se poderá falar de desenvolvimento integral” enquanto a comunidade cigana “continuar a sofrer discriminação e opressão” e permanecer sem acesso “aos serviços sociais fundamentais”.
Na mensagem aos participantes, onde alerta que a “dignidade” da comunidade rom é “pisada”, o cardeal Peter Turkson explica que ao povo cigano é exigido “também um compromisso sério” de “vontade de aproximar as novas gerações de instrução e de educação profissional”.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, a Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos informou que participaram cerca de 90 pessoas de 18 países europeus na reunião do CCIT que se realizou entre 21 e 23 de abril, em Espanha.
O encontro teve como tema ‘A música na vida entre festa e elo social’ e o prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral estimulou os participantes a descobrirem as formas de “a música cigana encontrar espaço na liturgia” e ser uma expressão sincera do “verdadeiro encontro entre o ser humano e o seu criador”.
“As nossas Igrejas locais devem ser as primeiras a sentir a urgência de sair ao encontro dos ciganos”, observou o delegado da Pastoral com os Ciganos da Diocese de Jaen (Espanha), padre Fernando Jordán Pemán.
O arcebispo de Madrid, D. Carlos Osório, agradeceu a dedicação em estabelecer pontes entre “as diferenças culturais cigana e não cigana”.
Por sua vez, a diretora nacional da Pastoral dos Ciganos de Espanha explicou que a comunidade cigana, “a maior minoria étnica em Espanha”, pelo que se sentem mais integrados na sociedade que nos outros países europeus, “embora ainda lhes falte um caminho a percorrer”.
CB/OC