Igreja Católica nos EUA continua a compensar vítimas de abusos

A diocese católica de Sacramento, estado norte-americano da Califórnia, vai pagar 35 milhões de dólares (29 milhões de Euros) a 33 alegadas vítimas de sacerdotes pedófilos, pondo termo a processos judiciais, anunciou quarta-feira fonte da diocese. As duas partes chegaram a acordo na véspera do início do processo judicial, pondo fim às acusações, referiu Kevin Eckery, porta-voz da diocese. Os alegados factos registaram-se nos últimos 35 anos e implicam 10 sacerdotes, dois dos quais já morreram. Dos restantes, três fugiram para o México e quatro deixaram a Igreja Católica, enquanto as alegadas vítimas eram menores na altura dos factos imputados. A Igreja Católica nos EUA tem sido alvo de escândalos nos últimos anos relacionados com casos de pedofilia. Este mês, os Bispos norte-americanos decidiram prorrogar por mais cinco anos a sua política de suspensão de sacerdotes responsáveis por abusos sexuais. A Conferência Episcopal dos EUA (USCCB) aprovou a medida por 288 votos a favor e quatro contra, aguardando agora a aprovação da medida por parte da Santa Sé. O Comité de Bispos que reviu as medidas aprovadas há três anos dedicou vários meses a recolher testemunhos de membros da Igreja Católica. O Comité concluiu que “muitos Bispos, talvez a maioria” esperam que, mais cedo ou mais tarde, seja suspensa a proibição permanente que pesa sobre os sacerdotes responsáveis por abusos sexuais de exercer o seu ministério, mas assinalou que os líderes eclesiásticos consideram que agora não é o momento de enfraquecer as medidas punitivas. A USCCB reviu a sua “Carta para a protecção de Crianças e Adolescentes”, documento adoptado originalmente em 2002. A política de “tolerância zero” segue as indicações dadas por João Paulo II, segundo as quais não há lugar no sacerdócio para os que abusam de crianças.

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