Igreja Católica na Espanha critica legalização das uniões homossexuais

Depois de o Bispo de Mondoñedo-Ferrol, D. José Gea Escolano, ter assegurado ver “como uma aberração” que o Governo espanhol pretenda legitimar no próximo ano as uniões de casais homossexuais, foi ontem a vez do arcebispo de Toledo e primaz da Espanha, D. Antonio Cañizares Llovera, recordou que “a união de pessoas do mesmo sexo, em modo algum é assimilável nem equiparável ao matrimónio”. Na sua homilia dominical, o prelado explicou que “nem sequer é válido denominar com a palavra matrimónio -união estável de um homem e de uma mulher aberta à vida -, a estas uniões homossexuais, porque desfiguram o que esta palavra expressa e expressou sempre em todas as regiões da terra e em todos os tempos”. O ministro da Justiça, Juan Fernando López Aguilar, anunciou que em Setembro entrará em vigor a iniciativa legislativa que permitirá aos casais homossexuais casar-se legalmente a partir do início de 2005. López Aguilar, em declarações ao jornal católico “La Razón” disse que o Governo expressou à Igreja e ao Papa o seu respeito pelos fiéis, mas também o compromisso do Executivo com uma sociedade plural, “onde existem diferentes atitudes que merecem uma consideração igualitária”. O Arcebispo primaz de Espanha aponta que “numa época em que a protecção da instituição familiar deveria ocupar o primeiro lugar na preocupação dos governos dos países ricos, envolvidos no meio de um inverno demográfico e da crescente criminalidade dos jovens nascidos em famílias despedaçadas e nas famílias recompostas, a proposição de um matrimónio homossexual e o facto de que os governantes a assumam demonstram grave desordem na mentalidade da cultura dominante”.

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