Barcelona, Espanha, 31 mar 2017 (Ecclesia) – O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ) destacou hoje como “grandes desafios” do Simpósio de Barcelona dedicado aos jovens, “a capacidade” de estar “atentos aos sinais dos tempos” e uma “escuta ativa” do mundo.
“Os jovens não são meramente o futuro são já o presente, são esta construção”, afirmou o padre Eduardo Novo à Agência ECCLESIA, realçando a “a importância” do diálogo intergeracional para que não haja apenas preocupação com aquilo que é o jovem mas o “que é a partilha”.
O simpósio promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa debateu o tema ‘Acompanhar os jovens a responder livremente ao chamamento de Cristo’ e reuniu 275 representantes de 37 países.
O diretor do DNPJ afirmou que o desafio é uma forma de “caminhar com, de ser e de estar com”, a pedagogia do Evangelho de Emaús que também esteve na base do encontro.
“Partir e repartir a vida é esta pedagogia do cristão, de caminhar com os jovens, é esta a pedagogia de ser Igreja”, observou.
O sacerdote, que esteve desde terça-feira em Barcelona, assinalou que o simpósio que terminou hoje teve a “ousadia” de reunir os responsáveis da pastoral juvenil, universitária, das vocações, da escola e da catequese, para trabalharem “em conjunto”.
“É uma sensibilidade para que este caminho de comunhão e de união seja um desafio constante e permanente. E seja atendendo ao contexto em que estamos a realizar e simultaneamente neste contexto que são os jovens”, desenvolveu.
Durante o encontro, para além do tema, insistiu-se no acompanhamento que para o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil é “a capacidade” de cada um dos responsáveis “dar espaço aos jovens a começar na Igreja local, a paroquia, o grupo de jovens, a diocese”, e darem “espaço ao diferente” não querendo ter “tudo controlado, igual”.
“Que este espaço se torne uma realidade, se torne vida para que os jovens nos seus sonhos, nos seus projetos, nos seus anseios mas também nos seus medos. […] Como vamos agir, como vamos fazer, como podemos transformar o mundo, deixar a nossa marca, que novo humanismo queremos deixar no mundo e é este entusiasmo que a Igreja precisa”, desenvolveu.
O programa do evento propôs uma visita à Catedral Sagrada Família de Barcelona e o padre Eduardo Novo observou com o seu autor Antoni Gaudí soube “escutar Deus e “construir” a mensagem que “Deus lhe transmitia” para o mostrar “aqueles que não conseguiam ler ou não sabiam” e é um exemplo para cada um dos participantes do encontro.
O simpósio promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa em parceria com a Conferência Episcopal Espanhola e o Arcebispado de Barcelona tem por objetivo promover o debate em torno do tema do Sínodo dos Bispos para a Juventude, que em 2018 vai decorrer no Vaticano.
PR/CB
