Igreja: Arcebispo de Évora preside hoje às exéquias de D. Maurílio de Gouveia

Celebração decorre às 15h00, na catedral, sendo depois sepultado no Panteão dos Arcebispos

Fotos Jornal A Defesa/Pedro Conceição, acolhimento dos restos mortais de D. Maurílio de Gouveia na Basílica Metropolitana de Évora

Évora, 22 mar 2019 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora preside hoje, na catedral diocesana, à Missa exequial de D. Maurílio de Gouveia, que faleceu na última terça-feira, seguindo o cortejo fúnebre para a Igreja do Espírito Santo, onde será sepultado no Panteão dos Arcebispos.

Os restos mortais de D. Maurílio de Gouveia estão em câmara ardente desde a tarde desta quinta-feira na Basílica Metropolitana de Évora, onde D. Francisco Senra presidiu à oração de vésperas às 19h30 e, às 21h30, o cónego Eduardo Pereira da Silva, vigário-geral da diocese, à celebração da Eucaristia.

Esta sexta-feira, às 10h00, o atual arcebispo de Évora preside à oração de Laudes e, às 15h00, à Missa exequial.

Falecido no dia 19, na Madeira, de onde é natural, D. Maurílio de Gouveia foi arcebispo de Évora durante 27 anos, entre 1981 e 2008.

Antes dos restos mortais de D. Maurílio de Gouveia serem transladados para a Basílica Metropolitana de Évora, foram celebradas exéquias na catedral da Madeira, presididas pelo bispo do Funchal.

“Verdadeiramente, neste nosso pastor se manifestou a força da vida de Cristo em nós”, disse D. Nuno Brás, na homilia da celebração.

Durante a celebração, D. Nuno Brás recordou o falecido arcebispo de Évora, natural da Madeira, cuja ordenação episcopal se celebrou precisamente na Sé do Funchal, no dia 13 de janeiro de 1974.

“Diante de nós encontra-se o corpo humano na sua fragilidade máxima mas, ao mesmo tempo, continuando a proclamar aquela juventude, aquela vida plena que brilhava na sua palavra, nos seus atos, nos seus olhos, sobretudo quando anunciava o Evangelho e celebrava os sacramentos, ou quando partilhava a sua vida de cristão e sucessor dos Apóstolos”, referiu.

D. Nuno Brás apresentou uma reflexão sobre o sentido da morte e da ressurreição na fé católica, a partir do percurso de vida de D. Maurílio de Gouveia, que faleceu na sequência de doença prolongada.

Nestes anos, disse, foi ilustrada “a passagem de alguém deste mundo para o Pai, e a passagem de Cristo, desta forma tão clara quanto dolorosa, na vida de um homem que já lhe pertencia há muito, desde o dia do seu batismo e, depois, lhe pertencia também a outro título, como sacerdote e bispo”.

Jesus não fugiu em nada ao drama humano. Não fugiu em nada ao próprio drama da morte e a tudo o que, para nós, ela significa. Viveu a vida até ao fim, como homem verdadeiro. E, precisamente desse modo, ressurge, cheio da vida divina, para anunciar a vitória da vida, a libertação da tirania”, referiu ainda.

Após as celebrações fúnebres na Sé do Funchal, a urna saiu esta quinta-feira do aeroporto da Madeira para a Basílica Metropolitana de Évora, onde foi acolhida pelas 19h00.

D. Maurílio de Gouveia nasceu no Funchal, a 5 de agosto de 1932; foi ordenado padre no dia 4 de junho de 1955; o Papa Paulo VI nomeou-o bispo auxiliar de Lisboa em 1973 e João Paulo II escolhe-o como arcebispo de Évora, em 1981, tendo permanecido nesta missão até 2008, quando lhe sucedeu D. José Alves e, em setembro de 2018, D. Francisco Senra.

Para o atual arcebispo de Évora, D. Maurílio de Gouveia é uma figura de “grande humanidade”, que ao longo do seu pontificado “abraçou os alentejanos” em todas as dimensões, na “proximidade com quem sofre e na festa com quem compartilhava a alegria da vida”.

JCP/OC/PR

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Agência ECCLESIA

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