Igreja/Ambiente: Movimento Católico Global pelo Clima alerta para riscos da construção de Oleoduto de Petróleo Bruto na África Oriental

Organização está a apoiar uma petição online que termina esta quinta-feira

Lisboa, 24 jun 2020 (Ecclesia) – O Movimento Católico Global pelo Clima (GCCM, sigla em inglês) apelou ao fim construção de um Oleoduto de Petróleo Bruto (EACOP), no Uganda e Tanzânia na África Oriental, promovendo uma petição online para esse fim.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o GCCM informa que o EACOP será o oleoduto de petróleo bruto “mais longo no mundo aquecido eletricamente”, com mais de 1443 quilómetros, o que vai “causar grande poluição das fontes de água da África Oriental”, incluindo o lago Albert e o lago Victoria, “colocando em risco as vidas e a qualidade de vida de milhões de pessoas”.

O Movimento Católico Global pelo Clima alerta que a construção do Oleoduto de Petróleo Bruto deve levar à deslocalização forçada de pessoas em massa das suas “terras ancestrais” e destruir “alguns dos parques intocados” do Uganda, como o Parque Nacional ‘Murchison Falls’.

Neste contexto, o GCCM contabiliza que “adicionar toneladas de CO2 exponencialmente às emissões globais” vai aumentar os “impactos catastróficos das mudanças climáticas”.

“Enquanto os movimentos climáticos e de justiça social estão a exigir uma ‘Recuperação Justa’ para a pandemia do coronavírus, as empresas de combustíveis fósseis estão a todo vapor com grandes projetos que representam sérios riscos à saúde humana e planetária”, acrescenta a nota de imprensa.

O Movimento Católico Global pelo Clima está a apoiar uma petição que pede ao Standard Bank of South Africa e Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC) do Japão que parem de financiar o EACOP.

A petição online, que continua a receber assinaturas, vai ser entregue esta quinta-feira, ao Standard Bank of South Africa,  antes de sua assembleia-geral anual, no dia seguinte.

CB/OC

 

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