Ordem dos pregadores afirma «união» à Conferência Episcopal Portuguesa e à sociedade para combater todo o tipo de abuso sexual
Lisboa, 18 fev 2023 (Ecclesia) – A Província Portuguesa da Ordem dos Pregadores afirmou hoje a sua “vergonha” pela ocorrência de “dois casos de abuso sexual de menores”, cometidos dentro da província e pede “perdão” pelas situações que “contrariam” a sua missão.
“Acolhemos, em espírito de humildade e penitência, esta triste realidade que nos envergonha e que contraria a nossa vida consagrada e a missão que exercemos na Igreja e na sociedade”, pode ler-se num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
O relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica Portuguesa, publicado no dia 13 de fevereiro, indica a existência de dois casos de abuso sexual de menores, cometidos por membros Ordem dos Pregadores em Portugal.
“Estudámos o nosso passado e identificámos um caso de abuso sexual sobre menores. Posteriormente, a investigação histórica realizada pela Comissão Independente reportou-nos mais um caso”, indica o comunicado, que quer sublinhar a “solidariedade para com todas as vítimas destes abusos”.
“Como Dominicanos manifestamos a nossa solidariedade para com todas as vítimas destes abusos e pedimos perdão pelo facto de estes terem acontecido em espaços da nossa província”, pode ler-se.
A Ordem dos Pregadores afirma ainda estar “unida” à Conferência Episcopal Portuguesa, bem como à sociedade “no combate a todo o tipo de abuso sexual” e afirma o seu empenho para “fazer das Instituições lugares seguros para todos, especialmente para os mais vulneráveis”.
Os Dominicanos asseguram ainda “total disponibilidade” para escutar as vítimas dos abusos ocorridos nas suas Instituições, bem como para “acompanhar e diligenciar em conformidade com as normas em vigor na sociedade e na Igreja, num esforço de tudo fazer para minimizar o sofrimento”.
O comunicado, assinado pelo Prior Provincial, o frei José Manuel Correia Fernandes, disponibiliza ainda o contacto, via email – portugalliaeop@gmail.com – para “continuar a dar voz ao silêncio”.
LS