D. António Marto revelou que «tinha saudades de ver os peregrinos de Fátima» e apelou à «comunhão universal e à esperança»
Fátima, 31 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima apelou hoje “comunhão universal e à esperança”, na primeira Missa que presidiu no Santuário de Fátima, depois da suspensão das celebrações comunitárias e do confinamento, por causa da pandemia Covid-19.
“A retoma comunitária da fé e da Eucaristia é um momento tão esperado de alegria; É belo! Sei que todos nós tínhamos saudades que voltasse este momento. Eu também tinha saudades de ver os peregrinos de Fátima; Por isso compreendeis a minha alegria”, disse D. António Marto, na Missa Transmitida pela TVI, divulga o santuário mariano.
Na primeira Missa dominical que presidiu no Recinto de Oração após a suspensão das celebrações comunitárias com fiéis, decretada a 13 de março, o bispo da Diocese de Leiria-Fátima explicou que a “fé é individual mas é também comunitária”.
“Ninguém é cristão sozinho. A nossa fé é interior mas também tem uma dimensão visível, de encontro, face a face e de comunhão interpessoal”, realçou o cardeal.
Foi com o “coração a transbordar de alegria e cheio de emoção”, que D. António Marto deu as boas-vindas aos peregrinos e fiéis que estavam no Santuário de Fátima, depois de mais de dois meses de “um longo confinamento”.
A Igreja Católica está a celebrar a Solenidade do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, evoca a efusão do Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade na doutrina católica e encerra o tempo pascal.
“Esta é a hora em que o Espírito abre e renova a face da terra. O seu poder tira-nos do confinamento e do isolamento espiritual, do nosso individualismo e do nosso comodismo”, desenvolveu o presidente da celebração.
“O Espírito de Deus vem para purificar para libertar o nosso interior e a nossa sociedade, vem para renovar as energias abatidas e a esperança moribunda, vem reacender a esperança da fé, que por vezes esmorece, e vem para transformar os nossos corações; É disto que carece o nosso mundo, é disto que carecemos nós hoje.”
D. António Marto explicou a ação do Espírito Santo na construção de uma Igreja “em saída,” que “anuncia a boa nova do Evangelho a vários povos e culturas”.
“Que abate barreiras e muros e cria a fraternidade. Eis a imagem da Igreja mãe, acolhedora, ao encontro das periferias e não fecha a porta na cara de ninguém”, assinalou o bispo diocesano que, no final da celebração, os doentes e todas as vítimas diretas e indiretas do coronavírus Covid-19.
O Santuário de Fátima informa ainda que a partir de hoje, ao domingo, a Missa das 15h00 é celebrada no Recinto de Oração e a Eucaristia das 16h30 na Basílica da Santíssima Trindade, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
CB