44º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica analisa o tema «Liturgia e Espiritualidade»
Fátima, 24 jul 2018 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal de Liturgia disse hoje à Agência ECCLESIA que cada celebração “educa para a oração” e é “a fonte e o cume” da vida segundo o Espírito.
“Hoje está muito em moda falar de espiritualidade, mesmo fora da Igreja. Mas para nós a espiritualidade é a vida segundo o Espírito, de que a liturgia é a fonte e o cume”, referiu D. José Cordeiro.
O 44º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica (ENPL), que decorre até sexta-feira, em Fátima, analisa o tema “Espiritualidade e Liturgia”.
“A liturgia é oração e educa para a oração e é autêntica espiritualidade cristã”, sublinhou o bispo de Bragança-Miranda.
Na sua intervenção no 44º ENPL, D. José Cordeiro apresentou o exemplo da Adoração Eucarística proposta aos jovens nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), referindo que é uma “interpelação” para os crentes, desafiando a passar da devoção desse momento à sua relação com a Eucaristia.
“Um dos momentos mais destacados pelos jovens nas JMJ é a Adoração Eucarística, o que é uma interpelação para nós, para a relacionarmos com a celebração da eucaristia, passando da celebração à adoração”, afirmou.
Para o diretor do Secretariado Nacional de Liturgia, padre Pedro Ferreira, as celebrações não se podem desligar da espiritualidade que lhe é própria e que permite “ir à essência das coisas”.
“A boa harmonia entre o rito bem celebrado e as orações bem feitas dão a celebração e pela celebração se percebe qual é o espírito, a verdade” celebrada, afirmou o padre Pedro Ferreira em declarações à Agência ECCLESIA.
O diretor do SNL referiu ainda que “a liturgia também se explica pela forma como se celebra” e que “o rito tem uma dinâmica própria”.
“A espiritualidade é dita pelo rito e pela oração”, acrescentou.
O 44º Encontro Nacional de Pastoral Litúrgica reúne cerca de 900 participantes, entre os quais mais de 800 são leigos, 80 padres e 12 diáconos; os quatro bispos da Comissão Episcopal de Liturgia participam também no decorrer dos trabalhos, assim como os colaboradores do Secretariado Nacional de Liturgia, do Serviço Nacional de Musica Sacra e do Serviço Nacional de Acólitos.
JCP/PR