Idanha-a-Nova em alerta

Acampamento Nacional de Escuteiros celebra o 100º aniversário com 10 mil participantes Idanha-a-Nova está povoada de escuteiros. 10 mil que partilham o ideal de Baden Powell, fundador dos escuteiros, vão celebrar até ao dia 6 de Agosto os 100 anos do escutismo. O 21ºAcampamento Nacional – Acanac – está em constante ligação com o Acampamento Mundial – o 21º Jamboree Mundial, a decorrer em Inglaterra, onde se encontram cerca de 45 mil escuteiros, entre os quais 850 são portugueses, muitos deles do Corpo Nacional de Escutas. Em Idanha-a-Nova, este é o segundo dia de entrada dos escuteiros. Ontem entraram em campo mais de metade, hoje espera-se que entrem os restantes, figurando um número de cerca de 10 mil participantes. À noite, tem início o campo “com a chegada da chama do centenário”, explica o Chefe Nacional do CNE, Luís Lidington, que desde o Quénia, onde foi acendida sob a campa de Baden Powell, tem percorrido o mundo em estafeta. Num périplo por vários países, uma delegação portuguesa deslocou-se a França para trazer a chama a Portugal, tendo percorrido muitos locais do território nacional. Esta noite em Idanha-a-Nova a chama será recebida por Lobitos , Exploradores, Pioneiros e Caminheiros, entre muitos animadores, que em estafeta a vão levar até ao local do acampamento. Independentemente da idade, a Chama do Centenário toca todos que comungam desta forma de vida. É natural que os mais velhos sintam de forma mais intensa o simbolismo, mas a figura do fundador “é muito querida entre todos os escuteiros”, dá conta o Chefe Nacional. O entusiasmo atravessa regiões e idades. “No campo a chama vai ser recebida com grande entusiasmo, porque acredito que os mais pequenos têm um grande carinho por Baden Powell”, sublinha. Momento alto do acampamento será a renovação da promessa. Esta será realizada em simultâneo com todos os países, num desafio lançado pelo Comité Mundial. “Às 08h00 locais de Quarta-feira, e em todo o mundo, os escuteiros estarão unidos pela renovação da promessa”, um grande símbolo dos escuteiros. Com uma dimensão nacional, este acampamento nacional ganha contornos internacionais pois a ele se juntam escuteiros vindos dos Palop’s, mas também de alguns países europeus – França e Espanha e “ainda uma delegação de Hong Kong com 30 pessoas”, adianta, por isso a designação de acampamento internacional – 13º Jamboree Português. “O escutismo tem de facto uma dimensão internacional. E o fundador o que mais desejou foi a paz internacional através da amizade entre os povos”. No amor à pátria e à cultura nacional “se inclui também o respeito da cultura dos outros e a amizade pelos outros povos”, afirma Luís Lidington. Esta fraternidade mundial “foi sonhada por Baden Powell e nós queremos concretizá-la”. A ligação com os portugueses em Inglaterra é uma constante. “Estamos em perfeita ligação com eles e partilhamos do entusiasmo que eles levaram ao Jamboree”, pois esta é uma experiência “que não se esquece mais para o resto da vida”. O Acampamento Nacional foi no entanto marcado por um acidente com alguns escuteiros da Silveira, em Torres Vedras que, em viagem para se juntarem em Idanha-a-Nova, sofreram um acidente numa carrinha onde seguiam oito pessoas. “Sete estão livres de perigo, mas uma escuteira encontra-se ainda hospitalizada”, segundo as últimas informações, seria ainda sujeita a uma intervenção cirúrgica. O acidente foi grave e “da última conversa que tive com o chefe do agrupamento da Silveira, ainda não sabia se algum poderia vir ao Acampamento”. Se a presença não se confirmar “serão lembrados por todos os participantes, em especial durante a renovação da promessa”, adianta Luís Lidington.

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