História: D. Manuel Clemente «é dos maiores pensadores católicos sobre Portugal contemporâneo», afirmou Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República encerrou homenagem da Universidade Católica ao aluno, professor e magno chanceler, ligado à instituição durante 50 anos 

Foto Lusa/Miguel A. Lopes

Lisboa, 23 jan 2024 (Ecclesia) – O presidente da República afirmou hoje na homenagem a D. Manuel Clemente promovida pela Universidade Católica Portuguesa que o patriarca emérito de Lisboa “é dos maiores pensadores católicos sobre Portugal contemporâneo”.

“D. Manuel Clemente é dos maiores pensadores católicos dobre o Portugal contemporâneo. Podemos comparar ao professor Manuel Antunes. São os dois maiores pensadores acerca de Portugal, acerca da portugalidade, acerca da nossa identidade, acerca da nossas vicissitudes”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

D. Manuel Clemente iniciou a sua ligação à Universidade Católica Portuguesa (UCP) em 1953, como aluno de Teologia, depois foi professor, nomeadamente de História da Igreja, acompanhou a Universidade enquanto bispo do Porto, e, entre 2013 e 2023, foi magno chanceler da instituição.

Foto Lusa/Miguel A. Lopes

“É uma instituição que honra Portugal, que faz a diferença em Portugal e que conheceu com D. Manuel, como magno chanceler também, um período fundamental do seu crescimento, da sua projeção, cá dentro e lá fora”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Para o presidente da República Portuguesa, a obra de D. Manuel Clemente, nomeadamente como bispo, “foi uma obra fundada na visão que tem do país” e a investigação sobre a História da Igreja em Portugal é uma “compreensão de Portugal”.

“Verdadeiramente, a sua História da Igreja em Portugal é uma História de Portugal, é uma compreensão de Portugal e toda a sua obra com pastor diocesano foi uma obra fundada na visão que tem do país”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que o bispo do Patriarcado de Lisboa entre 2013 e 2023 “fez uma simbiose entre a prossecução da fé e uma visão muito realista dos desafios que se colocavam à sociedade portuguesa e também à Igreja dentro da sociedade portuguesa”.

“Via a realidade de fora e vivia por dentro, o que é ao mesmo tempo estimulante e angustiante. Isso tem um mérito ilimitado”, defendeu.

O presidente da República disse que uma “homenagem mais vasta” a D. Manuel Clemente “está por fazer” e manifestou “gratidão de Portugal e dos portugueses” ao homenageado.

Foto Lusa/Miguel A. Lopes

Na sua intervenção, D. Manuel Clemente evocou a sua ligação de 50 anos à UCP e as “longas expectativas” de criar uma universidade católica, que remontam ao final do século XIX.

O patriarca emérito considera-se um “trabalhador da memória” e disse que a UCP é um “enorme benefício para o país”.

“O nosso país não seria o que é sem a colaboração de décadas da UCP”, afirmou.

Na sessão promovida pela UCP, a reitora da instituição, Isabel Capeloa Gil, disse que a homenagem foi “ato publico de agradecimento pela liderança próxima, a defesa inabalável e a confiança” que D. Manuel Clemente colocou na universidade e também “o reconhecimento do seu legado, ainda a fazer-se, na tessitura cultural do nosso país”.

Para o atual patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, D. Manuel Clemente tem um “sentido profundo eclesial” e é um “construtor de pontes”, que está mergulhado na atualidade da história”.

D. Manuel Clemente celebrou esta quarta-feira 25 anos de ordenação episcopal, que foram assinalados na Missa de São Vicente, padroeiro de Lisboa.

PR

Lisboa: Missa do padroeiro da cidade, São Vicente, celebrou os 25 anos de ordenação episcopal de D. Manuel Clemente

 

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