Haiti: Bispo de Beja pede revisão dos mecanismos de acção em emergências

O Bispo de Beja, D. António Vitalino, considera que o sismo no Haiti mostrou que os “mecanismos de acção em emergências precisam de ser revistos, para não deixar dias a fio pessoas mutiladas e soterradas a esvair-se em sangue sem ninguém que as possa socorrer”.

Este responsável afirma que a globalização “só funciona para a comunicação, as guerras e as finanças” e que “os serviços internacionais e mundiais não funcionam no terreno concreto, sejam eles Cruz Vermelha, Nações Unidas ou outros”.

“Afinal gastam-se fortunas em estruturas de emergência, mas quando seria necessário actuar no terreno, não são eficazes e a coordenação da ajuda falha”, lamenta o prelado, na sua nota semanal para a “Rádio Pax”.

Apelando à generosidade de todos, D. António Vitalino diz que “o importante é que a ajuda chegue ao terreno e quanto antes, embora vai ser preciso muito tempo para reconstruir as vidas, as habitações e a economia deste pobre país”.

“Não nos esqueçamos de colaborar no alívio do sofrimento dos nossos irmãos do Haiti. Hoje são eles que precisam de nós, amanhã serão outros ou mesmo nós próprios. Assim se constrói a globalização da solidariedade e um novo tipo de sociedade, que Jesus anunciou e está sempre no seu começo”, conclui.

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