Guterres agradece apoio do Papa

Pela recepção de refugiados na Europa O Papa Bento XVI recebeu ontem em audiência no Vaticano o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, que foi agradecer as declarações do Sumo Pontífice de apoio à recepção de refugiados na Europa. De acordo com William Spindler, do gabinete de informação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Genebra, Guterres e Bento XVI conversaram sobre «as muitas tomadas de posição» que o líder da Igreja Católica tem assumido em defesa dos refugiados e do seu acolhimento nos países europeus. O ex-Primeiro-ministro português aproveitou a ocasião para se mostrar grato, em nome do ACNUR, pelas «recentes declarações do Papa chamando a atenção para as dificuldades dos refugiados» e pedindo que sejam dadas «melhores condições» às famílias na sua integração. «No ACNUR, saudamos isto como uma mensagem muito importante» para que Guterres agradece apoio do Papa à recepção de refugiados na Europa possa haver uma «maior demonstração de solidariedade com os refugiados», principalmente na Europa, acrescentou a mesma fonte. Além do encontro com Bento XVI, Guterres encontrou- se também com o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado da Santa Sé, e com vários responsáveis do Governo da Cidade do Vaticano. Na sua mensagem para a 93.ª Jornada Mundial do Emigrante e do Refugiado, que se celebra a 14 de Janeiro de 2007, o Papa Bento XVI insta os Governos a ratificar «os instrumentos legais internacionais propostos para defender os direitos dos emigrantes, dos refugiados e das suas famílias». Nesta mensagem, divulgada na passada terça-feira, o líder da Igreja Católica refere sentir «o dever de chamar a atenção sobre as famílias dos refugiados, cujas condições parecem piorar em relação ao passado, também no que diz respeito à reunificação dos núcleos familiares». Bento XVI considera ser necessário «garantir os direitos e a dignidade das famílias (de refugiados) e assegurar-lhes um alojamento de acordo com as suas exigências». O Papa defende ainda «uma atenta presença pastoral» nos campos de refugiados para «restabelecer a cultura do respeito e redescobrir o verdadeiro valor do amor». «É preciso ajudar todos aqueles que estão destruídos interiormente a recuperar a confiança em si mesmos», disse ainda o Papa na sua mensagem datada de 18 de Outubro, mas apenas divulgada esta semana.

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