D. Jorge Ortiga defende que «há ainda um longo caminho a percorrer» no aproveitamento e valorização da herança histórica do país
Lisboa, 21 jan 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga considera que a iniciativa “Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura”, que começa hoje a dinamizar a região minhota, deve ser vista pelo Governo como um motivo para investir mais no património.
“O nosso país merece um pouco mais de atenção à Cultura”, realça D. Jorge Ortiga, numa entrevista à Rádio Renascença em que defende que as verbas aplicadas nesta área não devem ser vistas como “dinheiro perdido” mas como uma oportunidade de desenvolvimento.
Salientando que “há ainda um longo caminho a percorrer”, sobretudo na área da “preservação do património”, aquele responsável volta-se depois para a organização do evento vimaranense, pedindo-lhe que transforme Guimarães numa “Capital Europeia da Cultura” acessível a toda a população.
O arcebispo propõe que os preços dos bilhetes praticados para cada espetáculo ou evento cultural tenham em conta a atual conjuntura económica e sobretudo “as famílias que estão a passar um momento difícil nesta região”.
“Deveria haver ainda mais abertura para que mais pessoas pudessem participar e para que a Capital da Cultura não fosse apenas um acontecimento de elite”, salienta.
D. Jorge Ortiga participa esta tarde, a partir das 18 horas, na cerimónia oficial de abertura do programa “Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura”.
A sessão solene, marcada para o Pavilhão Multiusos de Guimarães, vai contar ainda com a presença do novo cardeal português, D. Manuel Monteiro de Castro e do núncio apostólico [embaixador da Santa Sé] em Portugal, D. Rino Passigato.
Entre os convidados de honra encontram-se também o presidente da República, Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o presidente da Comissão Europeia, o português Durão Barroso.
RR/JCP