Guerra no Líbano é «suja e diabólica»

Denúncias do Presidente da Catholica Unio Internationalis, obra de ajuda às Igrejas Orientais A guerra no Líbano é “suja e diabólica”. É assim, sem mais palavras, que o presidente da “Catholica Unio Internationalis” (CUI), D. Pierre Bürcher, relata a situação no terreno após uma visita de vários dias ao Médio Oriente. O Bispo suíço preside à obra pontifícia de ajuda às Igrejas Orientais, criada pela Santa Sé em 1924. Como tal, quis testemunhar de perto a “tragédia” que é vivida pelo povo libanês após os bombardeamentos a que é submetido nas últimas semanas. Em comunicado, D. Bürcher critica a indiferença “demasiado grande” da comunidade internacional e pede iniciativas “concretas e directas” de solidariedade. Ao longo das suas 45 horas no Líbano, o Bispo suíço viveu sempre sob a ameaça dos “incessantes bombardeamentos israelitas” e teve de deslocar-se por caminhos alternativos, em más condições. Do que viu, destaca o facto de muitos abandonarem o país e de muitos hospitais estarem cheios. A guerra, assegura, “gera insegurança permanente, a morte de inocentes e de crianças, a destruição de igrejas e mesquitas, mentiras e desinformação, o isolamento progressivo das diversas regiões e a crescente impotência internacional para resolver o conflito”. Para o presidente da CUI, é incompreensível que a solução do problema crucial na região, o conflito israelo-palestiniano, seja adiado continuamente. A construção do muro de segurança na Cisjordânia e a crise em Gaza são temas que preocupam D. Bürcher. “A longo prazo, é necessário encontrar soluções internacionais e duradouras para o conflito entre Israel e a Palestina, construindo pontes. Este novo Médio Oriente, contudo, não deve ser construído sem os cristãos”, aponta.

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