Guarda: Muitos jovens querem participar no caminho sinodal

Padre Jorge Castela considera que Sínodo lançado pelo Papa «poderá ser um dos maiores eventos da Igreja nos últimos tempos»

Guarda, 30 dez 2021 (Ecclesia) – Rita Loureiro, jovem de 20 anos que integre a Comissão Sinodal Diocesana da Guarda, afirma que “há muitos jovens a querer participar e dar as suas opiniões”, no processo do Sínodo 2021-2023, convocado pelo Papa.

“Eu fiz questão de divulgar o sínodo bastante, de mandar os inquéritos mesmo para aqueles que não estão por dentro da Igreja, e as pessoas têm bastante interesse em saber como está a ser feito o caminho, como podem participar, como ter acesso aos fóruns”, explicou à Agência ECCLESIA.

Segundo Rita Loureiro, na Diocese da Guarda “há muitos jovens a querer participar e dar as suas opiniões” para este caminho sinodal que a Igreja Católica está a promover até outubro de 2023, e que, neste momento, desenvolve-se numa fase diocesana.

A jovem estudante de arquitetura desenvolveu o sítio online da Comissão Sinodal Diocesana da Guarda para a divulgação do Sínodo 2021-2023, que foi pensado e realizado em equipa: “Fazia a página e toda a gente ia dando a sua opinião, mudando, em conjunto”.

A página que entrou em funcionamento neste mês de dezembro apresenta “vários documentos, guiões, modelos de relatório, um powerpoint de apoio, a oração”, e têm tido “bastantes” visitas, por isso, “o feedback é bastante positivo”,

“Temos bastante gente a aceder aos inquéritos que estão disponíveis apenas no site, temos bastantes respostas e mesmo aos outros materiais, já se vão vendo documentos, os guiões nas catequeses. As pessoas estão a ir ao site e a descarregar, a visitar, o que é muito bom”, acrescentou Rita Loureiro.

O padre Jorge Castela, coordenador da Comissão Sinodal Diocesana da Guarda, salienta que todo o trabalho deste percurso “teria de ser sinodal” e depois da constituição da equipa trabalharam “afincadamente para ter os materiais e os recursos prontos para as pessoas”.

O sacerdote explicou que propuseram a criação de Comissões Sinodais Arciprestais, “para motivarem, fomentarem, e agilizarem os trabalhos em cada arciprestado”, que toda a dinâmica “fosse muito à base de grupos de encontro e de diálogo”, e também chegar a áreas e pessoas dentro da Igreja que “não tão comuns”, como as crianças, com guiões para a catequese e para a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC).

A Comissão Sinodal Diocesana da Guarda também propôs que fossem criados também “fóruns abertos” para debater as temáticas do Sínodo, preferencialmente com pessoas que “nem estão no âmbito mais eclesial, ou não estão tão dentro da Igreja”.

Para o padre Jorge Castela era preciso “mais tempo para fazer as coisas com mais tranquilidade” e que a pandemia acalmasse para existir o encontro entre as pessoas, mas destaca “uma participação massiva” na resposta aos questionários.

“Estou convencido que este sínodo poderá ser um dos maiores eventos da Igreja nos últimos tempos, claro que dependendo muito daquilo que todos nós queremos”, salientou o coordenador da Comissão Sinodal Diocesana da Guarda.

Neste sentido, o padre Jorge Castela, que é também o Coordenador da Pastoral Diocesana, considera que o sínodo pode “ajudar” os sacerdotes a darem mais espaços às pessoas que não fazem parte do clero, mas também que os leigos “se sintam empenhados e que sintam que isto pode resultar numa coisa bonita, a verdadeira Igreja é comunhão”.

O percurso para a celebração do Sínodo decorre em três fases, entre outubro de 2021 e outubro de 2023, passando por uma fase diocesana e outra continental, que dará vida a dois instrumentos de trabalho diferentes distintos, antes da fase definitiva, ao nível mundial.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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