Guarda: Bispo pede “diálogo e cooperação” entre gerações para se garantir a paz

D. Manuel Felício sublinha a conjugação da experiencia dos mais idosos com a criatividade dos mais jovens

Guarda, 04 Jan 2021 (Ecclesia) – O Bispo da Guarda referiu, na homilia da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (01 de janeiro) que só com o” diálogo e a cooperação” entre gerações se consegue garantir a paz.

“Só com o diálogo e a cooperação entre todos, e sobretudo entre as distintas gerações, podemos conseguir o desejado equilíbrio, que garante a paz”, disse D. Manuel Felício na celebração do Dia Mundial da Paz.

Para haver um “desenvolvimento verdadeiro”, o Bispo da Guarda considera que “é necessária a colaboração de todos” e, por isso, “a experiência dos mais adiantados na idade precisa de ser bem conjugada com a força e a criatividade dos mais novos” para se ter “pessoas felizes e sociedades com a devida coesão”.

O progresso tecnológico “separou as gerações” porque “os mais novos tiveram e têm sempre mais capacidade de nele se inserirem e o aproveitarem”, basta ver “a facilidade com que eles manejam as máquinas e, quantas vezes, em substituição das mais elementares relações humanas”, acrescenta D. Manuel Felício.

“Mas também não é menos verdade que as crises, e temos agora o exemplo da pandemia, vieram dizer-nos que cada um nunca se pode salvar sozinho e, por isso, só caminhos de solidariedade e cooperação nos podem garantir futuro digno e sustentável”, reforça o Bispo da Guarda.

Na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Papa Francisco recorda que a educação “será sempre o insubstituível motor da paz”, por isso, acrescenta D. Manuel Felício, “os gastos com a educação precisam de ser considerados mais como investimento do que despesa”.

Para que isso aconteça, o Bispo da Guarda propõe o desenvolvimento de “um novo modelo de cultura alicerçada no chamado pacto educativo global, em que é preciso empenhar todos os agentes que têm responsabilidade no processo educativo, como são logicamente as escolas e as universidades, mas também e antes delas as famílias”.

O mundo do trabalho é outro fator do qual depende, “em larga medida, a construção da paz”, pelo trabalho cada indivíduo “realiza-se a si próprio, desenvolvendo as suas capacidades e pondo-as a funcionar; mas também estabelece relações de cooperação com os outros, participando na aventura comum de construir um mundo cada vez mais habitável e belo”, disse D. Manuel Felício na celebração do Dia Mundial da Paz.

LFS

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Agência ECCLESIA

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