D. Manuel Felício realça «apelo à conversão» da Quaresma e sentido da «esperança»
Guarda, 14 fev 2018 (Ecclesia) – O bispo da Guarda anunciou hoje que a renúncia quaresmal das comunidades diocesanas vai ajudar famílias que foram afetadas pelos incêndios na região, em 2017.
D. Manuel Felício assinala que, até agora, foram ajudadas, através da Caritas Diocesana, 18 famílias que ficaram sem equipamentos agropecuários, num montante de 40 mil euros, mas adverte que “há ainda várias famílias à espera de serem ajudadas”.
A Diocese da Guarda vai ainda apoiar a construção de uma cantina escolar numa missão católica, situada nos arredores da Guiné-Bissau, e que tem como valências hospital, leprosaria, escola e uma aldeia onde são recolhidos leprosos rejeitados pelas famílias.
“A esmola fortalece sempre a experiência da comunhão que, como discípulos de Cristo, somos chamados a viver em Igreja. A renúncia quaresmal é boa oportunidade para cumprir esta recomendação”, desenvolve o responsável diocesano.
O bispo da Guarda afirma que a Quaresma é “especialmente favorável” para recordarem os apelos da assembleia diocesana, que “aponta caminhos de mudança e de conversão”, e afirma que querem “cuidar” da “esperança”.
“[Esperança] Ela não se confunde com futilidades tais como a ilusão do dinheiro ou os falsos remédios para muitas desilusões, sejam elas drogas, lucros fáceis ou simplesmente a satisfação ilusória dos apetites imediatos”, escreve D. Manuel Felício na mensagem para a Quaresma 2018.
No documento, enviado à Agência ECCLESIA, o bispo da Guarda explica que a Quaresma propõe “um caminho de conversão e renovação” que faz descolar de “situações desordenadas” e avançar para atitudes novas apostadas, sobretudo, “em promover a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar as pessoas”.
Neste contexto, realça que para se progredir nesse caminho de conversão, “a sabedoria secular da Igreja” indica “os remédios” da oração, do jejum e da esmola.
Sobre a oração, o bispo da Guarda destaca a iniciativa ‘24 horas para o Senhor’, nos dias 9 e 10 de março, e incentiva a que “haja pelo menos uma Igreja aberta durante estas 24 horas consecutivas”, em cada arciprestado.
Já em relação ao jejum, D. Manuel Felício recorda na sua mensagem que durante os próximos 40 dias há dois de jejum obrigatórios: hoje, Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma e na Sexta-feira santa, em que se celebra a morte de Cristo.
A Quaresma que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
CB/OC