Governo venezuelano volta a atacar Igreja Católica

O vice-presidente venezuelano, José Vicente Rangel, acusou o Núncio Apostólico no país, D. André Dupuy, de ser “porta-voz da oposição”. O motivo foi uma entrevista que o Arcebispo concedeu a um jornal sobre o aniversário do Papa. A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) já veio defender publicamente o representante da Santa Sé no país, afirmando que este pode” proclamar os ensinamentos da Igreja em temas sociais”. No comunicado, assinado por D. Jorge Urosa, Arcebispo de Valência, os prelados afirmam que o Núncio pode falar sobre o respeito à verdade, à defesa das liberdades fundamentais, à necessidade do diálogo e à actuação da Igreja na vida pública, sem que isto implique participar na política partidária. “O senhor Núncio afirma acertadamente que à Igreja não compete propor soluções de ordem política e técnica, mas ela deve e quer indicar as motivações e orientações provenientes do Evangelho e da fé, para a busca de respostas e soluções”, lembra a CEV. Não obstante, esclarecem os bispos, “essas motivações, por exemplo na Venezuela de hoje, são aquelas que contribuem para unir os corações e os espíritos na construção de uma sociedade mais humana, pacífica e capaz de resolver conflitos pelos caminhos do diálogo”. O texto afirma que “essa é a linha que orientou as declarações do senhor Núncio e as intervenções da Conferência Episcopal, que não podem ser consideradas como um compromisso com a oposição. Os comunicados do Episcopado, subscritos por todos os bispos venezuelanos, reflectem a nossa imparcialidade, mas obedecem também ao nosso vivo interesse pelo bem-estar e a paz do povo venezuelano”.

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