G20: Presidente da Cáritas internacional para os efeitos da crise e das mudanças climáticas

O presidente da confederação internacional da Cáritas, Caritas Internationalis, Cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga, considera que a actual crise resulta do facto da ética ter sido “colocada de lado”, em favor da corrida dos mais poderosos em busca de mais riquezas. Em comunicado oficial, a respeito da próxima cimeira do G20, em Londres, o Cardeal hondurenho defende que “podemos enfrentar a crise de dois modos: tentando recuperar a globalização, da avidez, ou transformando a crise numa oportunidade para criar uma globalização da solidariedade, da justiça e da paz”. “É moralmente injustificável que os países tenham encontrado biliões de dólares para socorrer os bancos e cortem as verbas destinadas a ajudas”, atira. A Caritas Internationalis congrega 162 organizações de ajuda e assistência católica e encontra-se presente em 200 países e territórios, incluindo Portugal. Outro tema da reflexão do arcebispo de Tegucigalpa é o Meio Ambiente, preocupação constante nas suas declarações. “Se o Grupo dos 20 não decidir reduzir decididamente as emissões de dióximo de carbono na atmosfera, as mudanças climáticas terão consequências mais devastadoras do que a própria crise”, adverte. Diante desta situação, a Cáritas o G20 a colocar os pobres no centro de uma reforma destinada a construir uma nova economia, baseada na justiça e na igualdade. Nos países em desenvolvimento, mais 53 milhões de pessoas ficarão abaixo do limiar da pobreza, por causa da situação actual. No ano passado, o aumento dos preços de alimentos e combustíveis levou à pobreza cerca de 135 a 150 milhões de pessoas.

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