Entre a serra de Sintra e o mar do cabo da Roca, dois pequenos eremitérios disponíveis para quem procura o silêncio e a oração a descoberta do Ser e tempo de gratuidade para saborear o dom da vida. É o local onde se situa a Fundação Betânia, Azoia/Colares, que promove encontros de oração, “encontros onde procuramos aprofundar temas”. O próximo será dia 27 deste mês e terá como tema “A oração como encontro que re-cria a esperança – disse à Agência ECCLESIA Manuela Silva, Presidente da Fundação. “Um tempo de reflexão, meditação pessoal e oração comunitária” – três momentos fundamentais do encontro, a realizar no Tempo Litúrgico do Advento. Na altura da Quaresma e do Pentecostes haverá outros – referiu Manuela Silva. Os encontros passados têm tido “uma boa adesão” apesar do espaço não ter capacidade para muitas pessoas (cerca de 25 pessoas). “Pretendemos promover uma maior interioridade” – frisou. Criada por Escritura pública, em Outubro de 1990, a Fundação Betânia tem como objectivos “suscitar a procura de novos alicerces culturais e espirituais, que conduzam à realização harmoniosa do ser humano, na sua globalidade, e abram caminho a modos de vida e a relações sociais orientadas segundo o primado do amor” – sublinhou. No fundo pretende criar espaços de “beleza, de interioridade e de comunhão, que incentivem o encontro mais fundo de cada pessoa consigo própria, com os outros, com a natureza e com o Absoluto”. Como estão em contacto com a natureza, os participantes tem oportunidade de diminuir “o déficit de contacto com esta, sobretudo para as pessoas que vivem nas grandes cidades”. Um factor “reequilibrante” porque “há um grande déficit de oração” – salienta Manuela Silva. Encontros de formação, na perspectiva de um desenvolvimento pessoal, “aberto à descoberta do Ser e da dimensão relacional da vida humana”.