Responsáveis católicos pedem ajuda rápida, antes da chegada do frio
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) lançou uma campanha de apoio às mais de 20 milhões de pessoas atingidas pelas inundações no Paquistão, uma tragédia natural que deixou atrás de si dois mil mortos e um rasto de destruição.
“As pessoas que correm mais riscos são principalmente mulheres e crianças e o governo parece não conseguir resolver a situação”, indica a organização católica, lembrando que mesquitas e igrejas estão abertas para alojar as vítimas.
Foi já feito o envio de uma primeira ajuda de 15 mil euros para a localidade de Nowshera, que será administrada pelas Missionárias de São Tomé Apóstolo, destinando-se a conseguir mantimentos, alojamento e vestuário para as pessoas atingidas.
O responsável pela paróquia do Santo Nome, Padre Tom Rafferty, explicou que as necessidades na localidade de Nowshera são cada vez mais urgentes, diante da ameaça de várias doenças e do estado cada vez mais crítico da região.
“As inundações foram a causa da perda de muitas vidas e muitas localidades desapareceram. Registam-se grandes prejuízos nas propriedades e nas infra-estruturas”, destacou o sacerdote.
As Nações Unidas lançaram, entretanto, um apelo à generosidade da comunidade internacional, uma vez que, até ao momento, só foram angariados 25% dos estimados 358 milhões de euros necessários para ajuda imediata.
O Pe. Emmanuele Asi, presidente da comissão bíblica de Lahore, defende a necessidade de “agir de forma precisa e rápida” dado que em meados de Outubro começa o frio.
“As ajudas devem ser organizadas em colaboração com organismos locais. Pequenos projectos são muitas vezes mais eficientes do que grandes programas, que frequentemente superam a capacidade logística do Governo”, assinala.
A Fundação AIS continua a acompanhar a situação da população para poder enviar novos auxílios, quanto antes.
O site da campanha é www.fundacao-ais.pt/noticias/detail/id/1346/