Funchal: «Misericórdia» foi tema central das jornadas de atualização na diocese

Funchal, Madeira, 21 jan 2016 (Ecclesia) –  As jornadas de atualização do clero, leigos e consagrados da Diocese do Funchal terminaram esta quarta-feira com reflexões sobre ‘Os Padres da Igreja e a Misericórdia’ e a ‘Ação das Misericórdias ao longo da História da Madeira’.

Na igreja do Colégio, o pároco da Sé apresentou o tema ‘Os Padres da Igreja e a Misericórdia’, apoiado por excertos de textos de interpretação Patrística, explicou que as características que definem os Padres da Igreja se baseiam na “verdade da sua doutrina, a santidade de vida, a aprovação pela Igreja e a antiguidade”.

O cónego Vítor dos Reis destacou que, na Igreja primitiva, os primeiros cristãos foram confrontados com sérios “desafios” sobre a interpretação dos Antigo e Novo Testamento e em relação ao “mundo antigo não cristão”.

Na sua reflexão, o sacerdote assinalou que outro “desafio” foi sobre a “questão penitencial” uma vez que o “perdão era garantido no início apenas pelo sacramento do Batismo” mas depois, devido à existência de “pecados graves”, era necessário “não excluir da fé” os pecadores.

Neste contexto, os Padres da Igreja defenderam a “reconciliação” que passou a ser considerada possível também para os “cristãos que renegaram a fé” por causa da “perseguição”.

O pároco da Sé do Funchal comentou também que os Padres da Igreja tiveram responder sobre como o “sofrimento de Jesus pode também afirmar a misericórdia de Deus” e citou São Bernardo: “Deus não pode sofrer, mas pode compadecer”.

Segundo o cónego Vítor dos Reis a “misericórdia e a justiça” “não podem existir separadas”, acrescentou citando, desta vez, Santo Ambrósio – “o que é a justiça de Deus senão a Sua misericórdia”.

Durante três dias, nas jornadas de atualização pela Diocese do Funchal, clero, leigos e consagrados refletiram sobre várias temáticas a partir de tem principal ‘Aprofundar e viver a Misericórdia’, escolhido no contexto do Ano Santo que termina a 20 de novembro.

A última conferência das jornadas ‘Ação das Misericórdias ao longo da História da Madeira’ foi da responsabilidade do provedor da Santa Casa do Funchal.

Segundo a diocese, no seu sítio na internet, Jorge Spínola relatou em detalhe as origens, as competências, atribuições e a história em geral das Santas Casas da Misericórdia que nasceram no século XV, por intermédio da rainha D. Leonor de Avis, casada com o rei D. João II.

CB/OC

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