Funchal, Madeira, 10 mai 2012 (Ecclesia) – A Diocese do Funchal reagiu em comunicado a duas notícias de órgãos de informação sobre a alegada suspensão do ‘átrio dos gentios’ que estaria a ser promovido por quatro padres, recusando qualquer “pressão” das autoridades civis regionais.
“O bispo do Funchal não proibiu e nem sequer podia ter dado ordens para suspender um projeto que não lhe foi apresentado e que, a realizar-se, carecia do seu conhecimento e autorização, como iniciativa que extravasava a paróquia”, assinala o padre António Estêvão Fernandes, da Secretaria Episcopal do Funchal, num texto dirigido a um jornal nacional, no âmbito do “direito de resposta” e hoje enviado à Agência ECCLESIA.
O documento refere-se a uma notícia do último dia 5, segundo a qual D. António Carrilho teria ordenado “a suspensão da iniciativa Átrio dos Gentios, um espaço de celebração e diálogo com não-crentes ou ateus”.
“O jornalista deixa a ideia de que pode estar por detrás da dita suspensão, uma pressão das autoridades civis da Região”, refere a Secretaria Episcopal do Funchal, segundo a qual o objetivo da notícia “era fazer crer aos leitores uma dependência da Igreja em relação às autoridades civis da Região, tão absurdo como todo o teor geral do artigo”.
O “direito de resposta” sustenta que o artigo “manifesta desconhecer a real situação de simpatia e boa relação do bispo do Funchal, D. António Carrilho, com a comunidade diocesana e a população madeirense em geral, incluindo personalidades e agentes culturais das mais diversas posições religiosas e áreas do conhecimento”.
A Diocese do Funchal tinha publicado anteriormente um comunicado na sua página na internet, em reação a um artigo publicado na imprensa regional, recordando que a Igreja Católica na Madeira está a promover “uma série de ações”, em “diálogo aberto a toda a gente e com a colaboração de pessoas do mundo da cultura, sem qualquer discriminação”.
OC
