Comunicado oficial revela intenção da Igreja Católica local em colaborar «sempre» com as autoridades
Funchal, Madeira, 01 abr 2014 (Ecclesia) – A Diocese do Funchal reagiu hoje em comunicado às notícias avançadas por um jornal regional sobre “alegadas suspeitas” de abusos sexuais que recairiam sobre o reitor do Seminário local, lamentando a falta de “cuidado ético”.
“Será que se avaliaram as consequências desta notícia, se a alegada investigação não apurar factos nem determinar responsáveis? Será que houve o cuidado ético exigível em notícias desta natureza?”, questiona a nota do gabinete de informação diocesano, enviada à Agência ECCLESIA.
A Diocese do Funchal adianta que desconhece o teor do texto da denúncia e afirma que “se há suspeitas, elas devem ser investigadas e levadas até ao fim, na procura da verdade, responsabilizando quem eventualmente possa e deva ser responsabilizado”, mostrando-se “sempre disponível a colaborar com as autoridades competentes”.
Segundo a diocese madeirense, a Igreja Católica “tem sido no Mundo a instituição que mais tem agido na condenação dos de pedofilia e de abuso de menores, e muito tem feito para precaver, debelar e reparar os males desses comportamentos”.
“Essa posição de princípio inabalável não se concilia nem pode pactuar com a publicitação de ‘suspeitas’ que, pelo modo e pelos efeitos da sua divulgação se transformam em ‘quase verdades’ e onde são atingidas, de forma irreparável, pessoas e instituições, que muito dão à Igreja e à juventude”, pode ler-se.
Nesse sentido, o documento reconhece “publicamente o valor e a importância do Seminário de Nossa Senhora de Fátima” no Funchal para a formação dos sacerdotes e alunos que por lá passaram.
A nota oficial conclui-se com uma citação do Papa Francisco, que recentemente chamava a atenção para “os pecados da comunicação social”, quando “calunia, difama ou desinforma” as pessoas.
“Acresce ainda a destruição de valores como o segredo de justiça, que existe exatamente para a defesa da dignidade das pessoas e das instituições em situações, como parece ser a presente, em que se diz haver apenas uma investigação”, sublinha o gabinete de informação.
OC