EMRC: Papa Francisco está a deixar marcas na comunidade escolar

Professor Pedro Quintans explica a escolha do Papa argentino para tema da semana nacional de Educação Moral e Religiosa Católica

Lisboa, 01 abr 2014 (Ecclesia) – A Semana Nacional de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), a decorrer até sexta-feira, tem como pano de fundo as propostas e desafios saídos do primeiro ano de pontificado do Papa Francisco.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, Pedro Quintans, do departamento de comunicação do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SDER), destaca a marca que o antigo cardeal de Buenos Aires tem deixado no meio escolar, junto de alunos e professores.

Os alunos, sobretudo os “mais velhos”, apercebem-se que está ali “um homem muito sensível às questões do seu tempo, apesar da sua idade, e que é capaz de estar próximo”.

“Isto para eles é uma lufada de ar fresco, porque muitos desconhecem completamente o pensamento da Igreja, e ainda estão muito com a questão do preconceito que herdaram, uma herança secular contra tudo o que é batinas e Igreja”.

No caso dos professores, a tónica dominante tem sido “o espanto” pela forma como Jorge Mario Bergoglio tem conseguido desmontando questões que levaram muitas vezes a estrutura católica a ser “incompreendida”.

Há “gente que se afastou, que não se identifica com um conjunto de ideias que a Igreja transmite”, como no caso das questões relacionadas com a “moral da sexualidade”, e vem o Papa Francisco “dizer que o essencial não é a regra, é a pessoa, primeiro temos que amar a pessoa”, sublinha Pedro Quintans.

“Pelos caminhos de Francisco”, é este o tema da semana nacional de EMRC que está a ser trabalhado nas escolas, aproveitando “um sem número de iniciativas e posições” que o Papa tem deixado e que, para o responsável do SDER, possibilitam passar aos alunos “um conjunto de benefícios e competências”.

O guião pedagógico da semana tem como ponto de partida a primeira grande entrevista do Papa argentino, dada à revista “Civiltà Cattolica”.

No caso dos alunos mais velhos, o objetivo é “trabalhar os pontos essenciais” de um depoimento em que Jorge Mario Bergoglio fala sobre o seu percurso humano e de fé, sobre a realidade da Igreja Católica, a relação das pessoas com Deus e a sua missão como Papa.

Quanto aos “mais pequeninos”, vão ter “um conjunto de imagens” para “trabalhar pintar, recortar, fazer uma espécie de mural de parede com o Papa Francisco”.

No guião é ainda proposta a realização de “um peddy-paper feito a partir de tudo aquilo que o Papa Francisco foi fazendo, pegando na matriz cristã da disciplina”.

Durante o percurso delineado, vão ainda aparecer jogos relacionados com símbolos como o peixe ou a cruz, “símbolos que os cristãos têm, para os miúdos começarem a falar a mesma linguagem”, frisa o professor Pedro Quintans.

SN/JCP

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