Funchal: Diocese entrega pandemia, guerra e «dificuldades económicas» à proteção de São Tiago Menor

D. Nuno Brás afirmou necessidade da comunidade na vida de um cristão, de «entreajuda» e do testemunho de outros

Foto: Jornal da Madeira/Duarte Gomes

Funchal, Madeira, 02 mai 2022 (Ecclesia) – O bispo do Funchal afirmou que ser cristão é um desafio de “vida”, não “uma ideologia”, com consequências no viver “concreto, real” e que implica uma partilha em comunidade.

“Para sermos cristãos, necessitamos uns dos outros — necessitamos da comunidade dos cristãos, necessitamos da Igreja: apesar de pecadores, imperfeitos e indignos, somos, uns para os outros, o suporte essencial para viver a fé e para viver na fé”, disse D. Nuno Brás na celebração da Solenidade de São Tiago Menor, este domingo na igreja de Santa Maria Menor.

A diocese do Funchal assinalou os 501 anos do padroeiro da cidade, lembrando o testemunho de fé e a proteção, “daquele que tem valido em tantos momentos difíceis”.

“Quase saídos de uma grave situação de pandemia, mas de novo mergulhados em ambiente de guerra e de dificuldades económicas, à semelhança dos que nos precederam na vida da fé e na vida da cidade, confiemo-nos, uma vez mais, nas mãos de S. Tiago Menor”, indicou o responsável citado pelo Jornal da Madeira.

D. Nuno Brás afirmou ainda a necessidade de na vida cristã de cultivar a vivência comunitária.

“Não há vida cristã isolada da Igreja. Todos necessitamos do testemunho de fé uns dos outros; necessitamos da correção fraterna; necessitamos da entreajuda humana, da fé que recebemos uns dos outros — necessitamos daqueles que fazem parte da nossa paróquia, da nossa diocese e de outras comunidades espalhadas pelo mundo; necessitamos deles, sejam velhos ou jovens, sábios ou ignorantes, fortes ou fracos, pecadores empedernidos ou em decidido caminho de santidade: cada um de nós, batizado, é indispensável aos outros”, reconheceu.

O Município do Funchal renovou o voto a São Tiago Menor, num gesto de homenagem que recua até 1521 e invoca “a proteção aquando do ciclo de peste, que dizimou centenas de madeirenses, tendo as autoridades camarárias de então entregue a guarda da saúde dos habitantes da cidade do Funchal a São Tiago Menor”.

O presidente da autarquia, Pedro Calado, “entregou simbolicamente a chave da cidade ao Santo Padroeiro e o executivo depôs as varas da vereação em sua honra. Momento para pedir proteção à cidade e renovar o Voto a São Tiago Menor”, informa o município.

Como aconteceu há 500 anos, a proteção do que o “padroeiro deu à cidade em período de pandemia”, foi também lembrada por Pedro Calado.

LS

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