Participantes da Argentina e Estados Unidos da América deslumbram-se com beleza dos monumentos e da ilha, com vontade de participar em encontros de fraternidade
Funchal, Madeira, 28 jul 2023 (Ecclesia) – A diocese do Funchal acolhe 564 jovens para participar nos Dias nas Dioceses vindos da Argentina, dos Estados Unidos da América, também da Áustria, Espanha, França, México, Brasil, Venezuela, que trazem “imensas expetativas”.
“Para alguém que está há muito neste caminho da Igreja chegar a uma Jornada Mundial é o máximo. Uma oportunidade de me encontrar e de me deixar surpreender pelo amor de Deus e dos irmãos”, explica ao Jornal da Madeira a jovem Carla, que chega da Patagónia, na Argentina.
Da cidade de Zapala, província de Neuquén, esta jovem, “que traz imensas expetativas” para participar na sua primeira Jornada Mundial da Juventude, diz que estar na Madeira significa “um presente de Deus”.
O padre Gabriel, da Paróquia San José – San Martín de los Andes, também da Argentina, fala numa intensa preparação para chegar a este momento, sintoma da “muita vontade” de chegar à Madeira.
“São grandes (expetativas) porque são sempre uma oportunidade de fraternidade e de encontro com a Igreja local. Serão dias de uma alegria contagiante e um sinal da presença de Deus, neste mundo que necessita deste Deus vivo”, sublinha.
Também da Argentina chega Franco, que depois de ter estado no Rio de Janeiro, em 2013, regressa “com alegria, 10 anos depois, a uma nova Jornada”.
“Conhecendo o amor nas outras pessoas e mais importante ainda deixar-me surpreender pelo amor de Deus e seguir este caminho de que gosto tanto e que me faz feliz”, são as motivações que o fazem regressar a uma JMJ, também para “transmitir” a outros “toda a emoção que sentiu”.
Isaque Sousa, dos Estados Unidos da América, com raízes portuguesas, chega com o antigo desejo de conhecer a ilha da Madeira.
“A Madeira é uma ilha bonita, com muita história e sobretudo com igrejas”, conta, antes de rumar a Lisboa onde quer “aprofundar a fé, ver o Papa” e ter oportunidade de se “tornar uma pessoa melhor”.
Nas antigas instalações da Universidade Católica, o núcleo de apoio aos peregrinos funciona com o apoio dos voluntários e elementos do Comité Organizador Diocesano do Funchal.
O voluntário Roberto Sousa destaca a dimensão de serviço como uma etapa “muito importante”, em especial na juventude.
“Não devemos estar resignados a nós próprios, no sentido em que o egoísmo não pode imperar e temos de estar ao serviço do outro, ainda para mais esta que, como toda a gente diz, é a juventude do Papa. Temos de nos desinstalar e fazer como Maria, partir apressadamente e é neste sentido que me predisponho ao serviço: ir ao encontro do outro, ajudá-lo naquilo que seja necessário e acompanhá-lo”, conta.
Roberto Sousa estará também em Lisboa, nas suas primeiras JMJ, mas diz que vai chegar “confiante” a Lisboa, mesmo que “um bocadinho nervoso e ansioso porque também estou envolvido como vice responsável da Paróquia das Eiras”.
Mateus Bento vai estar em Lisboa, integrando o grupo de participantes da Diocese do Funchal, e vai regressar a uma cidade onde estudou durante quatro anos, para “ver o Papa e muitos jovens” e participar numa “receção a Cristo vivo de que tanto a Igreja fala e que é muito importante”.
João Francisco, elemento do COD do Funchal, alegra-se com o início antecipado das Jornadas com a vivência dos Dias nas Diocese a receber “jovens de todo o mundo”.
“A Igreja é completamente diferente quando tem os jovens. Ver a alegria destes jovens que chegam de toda a parte, a falar uma língua só é de facto mágico”, sublinha ainda João Francisco, recordando meses de “intenso trabalho”, com as famílias a ficarem para trás.
LS