Funchal: D. Nuno Brás pede aos padres que recordem com «vida, palavra e atitudes» que humanidade «precisa de Deus»

Homilia da Missa Crismal na Sé reconheceu missão do ministério sacerdotal

Foto: Jornal da Madeira

Funchal, 14 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo do Funchal disse hoje aos padres na celebração da Missa Crismal terem a missão de, “com a vida, palavra e atitudes”, recordar “à Igreja e à humanidade que nunca conseguirá salvar-se” sem a ajuda de Deus.

“Creio que posso dizer em nome de quantos aqui nos encontramos — digo-o, ao menos, em meu nome: não sou digno desta missão que me foi confiada e me ultrapassa de sobremaneira. Mas, uma vez que ela me foi confiada, por mera graça do Senhor, não posso deixar de a desempenhar, e não posso deixar de me procurar converter, quotidianamente, para que a minha vida corresponda cada vez mais à missão que me foi entregue”, afirmou D. Nuno Brás na homilia da celebração na Sé do Funchal, publicada pelo Jornal da Madeira.

O responsável indicou que ser “padre” significa ser “«pai» à volta de quem a comunidade se reúne”, “servo” que “distribui com generosidade” a “missão que lhe foi confiada”.

“Somos servos da graça: tornamos presente uma realidade que nos ultrapassa infinitamente mas que assumimos a missão de distribuir com toda a generosidade”, indicou.

“Os padres assumem a tarefa de construir, de unir a comunidade que lhes foi confiada, cuidando do seu alimento espiritual, da sua educação e saúde na fé. Cuidando que seja, em primeiro lugar e sempre, comunidade, família, a referir-se constantemente a Jesus. Padres: próximos de Deus, próximos dos outros padres e do bispo, próximos dos outros irmãos e de toda a humanidade, particularmente dos que mais sofrem, como gosta de sublinhar o Papa Francisco”, acrescentou.

D. Nuno Brás pediu que aos padres para viverem “verdadeiramente como padres”, “presença do Pai que a todos quer chegar e que a todos quer oferecer a vida eterna”.

O bispo do Funchal quis lembrar que a Igreja “não é uma realidade que possa ser dispensada ou substituída por um qualquer grupo humano”, “uma associação criada por gente inteligente, eficaz e pura”, e afirmou que, “tal como a primeira”, as comunidades de 2022 são “discípulos pecadores, ignorantes, incapazes, necessitados de constante conversão e purificação”.

“Somos a Igreja de Deus que caminha, com as suas incapacidades e por entre as críticas do mundo, ao encontro do Senhor. Somos a Igreja, consciente do seu pecado e das suas limitações, mas com a ousadia de afirmar aquela realidade que nos ultrapassa infinitamente: a vida de Deus oferecida aos homens no mistério pascal de Jesus”, afirmou.

LS

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Agência ECCLESIA

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