Funchal: Bispo recebeu o presidente do Comité Mundial do Escutismo

Dirigente português participou no Seminário «CNE – Madeira que futuro?»

Funchal, Madeira, 16 nov 2016 (Ecclesia) – O bispo do Funchal recebeu o presidente do Comité Mundial do Escutismo, que destacou “a visão global e multicultural” do centenário movimento que tem conseguido, “com sabedoria e capacidade suficientes”, adaptar-se “aos mais diversos ambientes”.

“Julgo ser este o traço mais forte, a forma como toca e transforma a vida dos jovens, tornando-os mais sólidos na sua formação, mais resilientes, que não desistem à primeira e que têm recursos para enfrentar situações difíceis, porque o nosso objetivo é criar cidadãos felizes e ativos”, destacou esta terça-feira o português João Armando Gonçalves sobre a capacidade do Movimento Mundial “responder às realidades” de cada país, junto das comunidades onde “está inserido”.

Atualmente, o escutismo é o maior movimento de jovens do mundo, com 40 milhões de pessoas e com membros de mais de 216 países, cerca de duas centenas de organizações nacionais.

Em declarações divulgadas pela página oficial da Diocese do Funchal, o presidente do Comité Mundial do Escutismo apesar da “diversidade” que caracteriza o movimento disse que “há desafios comuns” como “atrair voluntários adultos, educadores, dirigentes” que estejam disponíveis, “que vão às periferias”.

Segundo João Armando Gonçalves nesse problema que atinge “muitos países do mundo” está incluindo Portugal, e em concreto a Madeira, enquanto, por exemplo, em Inglaterra e na França há listas de espera com “milhares de jovens porque faltam dirigentes adultos”.

“Acreditamos que o escutismo visa um mundo melhor e é um grande contributo para a sociedade. Se o escutismo continua atrativo para os jovens, também desejamos que possa atrair os adultos”, desenvolveu.

Para o dirigente mundial português outro desafio “é ter os jovens no centro educativo”, contrariamente ao que acontece na educação formal, ou seja, “num só sentido, em que o professor orienta os jovens”.

“Aqui o jovem é o próprio protagonista do seu desenvolvimento, porque ele aprender por aquilo que faz, mesmo errando, e não porque alguém lhe diz”, exemplifica João Armando Gonçalves.

João Armando Gonçalves participou no Seminário CNE – Madeira que futuro?, na Diocese do Funchal, e apresentou cumprimentos ao bispo diocesano acompanhado por Carlos Gonçalves, chefe regional do Corpo Nacional de Escutas.

“A sua visita, como experiência vivida e partilhada, interessa a todos, pela diversidade, a multiculturalidade e a unidade que assume, qualidades que constituem resposta às exigências e necessidades das nossas crianças, adolescentes e jovens e da relação com as próprias famílias”, disse D. António Carrilho.

O prelado manifestou a sua “alegria” pela presença do presidente do Comité Mundial do Escutismo: “Um português que projeta junto das instâncias internacionais uma visão integral e global.”

O bispo do Funchal partilhou também uma “palavra de reconhecimento e gratidão” à Junta Regional do Corpo Nacional de Escutas (CNE-Escutismo Católico) pela iniciativa do seminário, porque “é importante trazer para entre nós o trabalho de formação que não pode parar”.

O Escutismo foi criado em 1907, pelo inglês Baden-Powell, e o CNE nasceu na Arquidiocese de Braga em 1923; na Madeira tem “cerca de 1100 filiados, distribuídos por 16 agrupamentos” e vai celebrar 88 anos a 8 de dezembro.

CB/OC

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