D. António Carrilho recorda que a história da Igreja Católica local está «profundamente» ligada a festas religiosas como o Corpo de Deus
Funchal, Madeira, 08 jun 2012 (Ecclesia) – O bispo do Funchal quer “maior empenho” das comunidades cristãs locais, na vivência da “espiritualidade eucarística”, para assim preparem melhor a comemoração dos 500 anos da Diocese, marcada para daqui a dois anos.
Segundo D. António Carrilho, “a Eucaristia aponta para o verdadeiro sentido da vida em Igreja” e apresenta uma “espiritualidade de comunhão, nas suas mais profundas implicações sociais e éticas”, que faz a diferença num mundo caracterizado por “individualismos e egoísmos”.
O prelado madeirense lançou este desafio durante a celebração da solenidade do Corpo de Deus, esta quinta-feira no Funchal, numa homilia transmitida aos fiéis e enviada à Agência ECCLESIA.
Para o responsável diocesano, “numa sociedade de pressas e cultura do imediato, urge ter consciência da presença de Cristo Ressuscitado”.
Algo que só se faz através da assiduidade à escuta da “Palavra” e do “partir do pão”, como “outrora” fizeram os discípulos de Emaús.
Com a força do Evangelho, realçou D. António Carrilho, Cristo “cura as feridas, desilusões e medos” da humanidade e “aviva a fé” dos cristãos.
Através da sua entrega, simbolizada na Eucaristia, o “Filho de Deus” aponta “um futuro de Esperança” a todas as pessoas, quer na “construção da paz e da justiça” quer também na descoberta de “um novo sentido para a vida”, acrescentou.
O programa comemorativo da festa dos 500 anos da Diocese do Funchal, criada pelo Papa Leão X, no dia 12 de Junho de 1514, prevê a realização de “uma grande Assembleia Diocesana”, no final do ano pastoral 2012/2013, que dará “particular solenidade à Festa do Corpo de Deus”.
De acordo com o bispo do Funchal, a iniciativa “precedida de um Simpósio ou Congresso Eucarístico”, pretende ser um “momento marcante” para uma comunidade católica cuja história está “profundamente” ligada a solenidades como o Corpo de Deus ou o Santíssimo Sacramento.
D. António Carrilho espera que o “espirito de fé e fervor religioso” que caracterizou desde sempre a celebração daquelas festas, por todo o Arquipélago, inspire as comunidades madeirenses para uma presença renovada na dinâmica da Igreja.
JCP