«Fratelli Tutti»: «Temos de ser uma Igreja muito solidária, uma Igreja muito fraterna» – Bispo de Viseu

D. António Luciano destaca necessidade de olhar para quem foi afetado pela pandemia

Viseu, 26 out 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu afirmou que é necessário “olhar” para as pessoas doentes e os que foram afetados para a pandemia, mas também os que “ficaram sem trabalho” e enfrentam a crise social.

“Temos de ser uma Igreja muito solidária, uma Igreja muito fraterna, ou somos irmãos ou não somos nada e perdemos a oportunidade que Deus no deu de viver e ao mesmo tempo de sabermos estar com os outros”, referiu D. António Luciano à Agência ECCLESIA.

O responsável católico salientou que a nova encíclica do Papa Francisco “é um instrumento de trabalho” e que “hoje, mais do nunca” é preciso estar ao lado dos que “precisam de ajuda”.

“Quando me encontro com os outros, nunca pergunto alguém é cristão. Eu fico contente por encontrar o outro, sei que é uma pessoa”, indicou.

Neste contexto, o responsável católico acrescenta que quando começa a falar com outras pessoas, procura descobrir “afinidades” para “ir mais longe”.

A fraternidade é isto, saber estar com o outro e não olhar aquilo que o outro pensa, deseja ou quer, mas dar-lhe testemunho daquilo que acredito, e se ele conseguir apanhar alguma coisa fico muito contente, fico muito feliz”.

D. António Luciano conta que o capítulo 25 do Evangelho de São Mateus sempre o “tocou muito”: “O que fizerdes ao mais pequenino dos meus irmãos é a mim que o fazeis”.

O Papa Francisco assinou em Assis a encíclica ‘Fratelli Tutti’, a 3 de outubro; o 299.º documento do género na história da Igreja Católica foi divulgado no dia seguinte, quando a Igreja Católica celebrou a festa litúrgica de São Francisco.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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