Francisco: Escolha como «personalidade do ano» convida Igreja a ser mais vezes «boa notícia»

Patriarca de Lisboa e presidente da Academia Portuguesa de História comentam distinção da revista Time ao Papa

Lisboa, 13 dez 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou que a escolha do Papa como “Personalidade do Ano” 2013 pela revista norte-americana ‘Time’ deve funcionar como um alerta para que a Igreja faça mais vezes por ser “boa notícia”.

“Alerta-nos para o facto de que se não somos mais vezes boa notícia é porque também não fazemos por isso porque quando fazemos evangelicamente resulta porque o Evangelho corresponde às aspirações da humanidade”, explicou D. Manuel Clemente à Agência ECCLESIA.

Jorge Mario Bergoglio, que vai completar 77 anos de idade no próximo dia 17, foi eleito como sucessor de Bento XVI há nove meses, no dia 13 de março, após a renúncia do agora Papa emérito.

Para o patriarca de Lisboa, “quando um protagonista como o Papa Francisco é reconhecido” isso “responsabiliza” todos.

D. Manuel Clemente considera que a revista norte-americana pode não “olhar” muito para a Igreja Católica, mas “quando a Igreja é Igreja e quando os cristãos são cristãos e quando os Papas também são assim de uma maneira tão evidente e tão sugestiva como é o caso do Papa Francisco, acontece”.

Para Manuela Mendonça, presidente da Academia Portuguesa de História, a distinção da revista Time “fez justiça”, considerando que Francisco “era o Papa de que a Igreja hoje precisava”.

“Vamos ver se somos capazes de ser dignas desse homem que foi posto à frente da Igreja e se somos capazes de com ele entender a construção de um mundo melhor”, acrescentou.

A presidente da Academia Portuguesa de História revela que ficou “felicíssima” quando o Papa alertou para o facto de a economia não ser suficiente no mundo, “uma temática muito sensível”: “É o desaparecimento da pessoa desta política que vivemos hoje. Ser o Papa a dizer isso e destacar a importância da pessoa enquanto pessoa só por isso já tinha valido a pena ele ser eleito”.

“Francisco está a propor um plano de exercício rigoroso e, em muito pouco tempo, uma vasta plateia ecuménica global mostrou-se desejosa de o seguir. Por arrancar o papado do palácio e o levar para as ruas, por forçar a maior Igreja do mundo a confrontar as suas necessidades mais profundas e por dosear julgamento e misericórdia, o Papa Francisco é a Personalidade do Ano eleita pela Time em 2013”, explicou a revista.

MD/CB/OC

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