D. Alexandre Palma sublinha orientação para que «o primeiro momento da Igreja, a primeira palavra da Igreja para o resto do mundo seja de grande acolhimento»

Lisboa, 13 mar 2025 (Ecclesia) – O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 disse à Agência ECCLESIA que o Papa tem dado maior “força simbólica” à universalidade da Igreja, nos 12 anos de pontificado, que hoje se completam.
D. Alexandre Palma destacou uma “universalização da presença pública da Igreja”, que o próprio Francisco tem ajudado a promover.
“Deu maior representatividade, maior força simbólica a essa universalidade”, assinala o docente da Faculdade de Teologia da UCP, para quem é preciso ler, neste pontificado, o contributo de alguém “vindo do Hemisfério Sul, de uma outra geografia”.
“Ele próprio, de alguma maneira, ativou uma mais evidente universalização, nestes anos que leva de pontificado, globalizando ainda mais vários órgãos da Igreja, da Cúria Romana, dos cardeais”, acrescenta o bispo auxiliar de Lisboa.
O teólogo assinala ainda a importância de promover a sinodalidade como “uma forma de construir Igreja, de construir comunidade, de expressão de comunhão do próprio povo de Deus em caminho”.
D. Alexandre Palma considera que o atual pontificado tem promovido uma “colocação da presença da voz da Igreja como uma voz aberta a todos, como uma interlocutora para uma conversa com todos, independentemente das circunstâncias de partida de cada um”.
“Que o primeiro momento da Igreja, a primeira palavra da Igreja para o resto do mundo seja de grande acolhimento, de grande disponibilidade para escutar e, a partir daí, fazer um caminho conjunto”, acrescenta.
O responsável recorda um encontro que teve com o Papa, numa audiência aos bispos recém-ordenados, em setembro de 2024, onde “falou muito fraternalmente, respondendo a perguntas, entrando em diálogo, com uma grande espontaneidade”.
Para o presidente da Fundação JMJ Lisboa, as duas visitas do Papa a Portugal, em 2017 e 2023, foram “muito impactantes”.
“Foi claramente uma enorme bênção de Deus, de estímulo a caminharmos como Igreja em Portugal, mas quero crer que o Papa Francisco levou também um pouco de Portugal para Roma consigo, no seu coração e na sua oração”, acrescenta.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires (Argentina), foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após dois dias de conclave, assumindo o inédito nome de Francisco.
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