Sacerdote foi morto em igreja de Rouen, por extremistas islâmicos
Cidade do Vaticano, 26 jul 2021 (Ecclesia) – O Vaticano recordou hoje o padre Jacques Hamel, sacerdote francês que foi morto a 26 de julho de 2016 numa igreja da Diocese de Rouen, aos 85 anos de idade, por extremistas islâmicos.
O processo de beatificação do padre Hamel já teve início, com dispensa do período de espera determinado pelo Direito Canónico, pedindo-se o reconhecimento do seu martírio.
O portal ‘Vatican News’ cita D. Dominique Lebrun, arcebispo de Rouen, que convida a “um exame de consciência diante deste martírio”.
O sacerdote foi morto na igreja de Santo Estêvão, em Saint-Étienne-du-Rouvray, no final da Missa a que presidia, degolado por dois homens que tinham jurado fidelidade ao autoproclamado Estado islâmico.
A 14 de setembro de 2016, o Papa Francisco celebrou uma Missa de sufrágio pelo padre Hamel, no Vaticano, durante a qual prestou homenagem ao “martírio da sua vida, de se esvaziar a si mesmo para ajudar os outros, de criar fraternidade entre os homens”.
A Eucaristia contou com a presença de familiares do sacerdote e peregrinos da Diocese de Rouen.
A fase diocesana da causa de beatificação do padre Jacques Hamel encerrou-se em março de 2019 e está a ser examinada pela Congregação para as Causas dos Santos, no Vaticano.
O portal de notícias do Vaticano divulga um texto do sacerdote, publicado no boletim da paróquia francesa no início do verão de 2016: “Podemos escutar neste tempo o convite de Deus para cuidar deste mundo, para torná-lo, onde vivemos, mais caloroso, mais humano, mais fraterno”.
Já a fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) dá hoje conta de informações sobre o assassinato, indicando que o sacerdote terá sido vítima de um ataque planeado desde a Síria.
Segundo o semanário francês ‘La Vie’, o ataque foi uma “operação habilmente preparada”, em que “nenhum elemento foi deixado ao acaso”.
“Para os fiéis da Igreja Católica, o padre Jacques Hamel é um mártir, símbolo da perseguição aos cristãos e da violência extremista”, destaca o secretariado português da AIS, em nota enviada à Agência ECCLESIA.
OC