Forças Armadas: D. Rui Valério pede «reparação» para «vitimas inocentes» que «sofreram» no interior da Igreja

Bispo do Ordinariato castrense celebrou Dia do Comando Operacional dos Açores em Angra do Heroísmo

Foto: Igreja Açores

Angra, 27 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança pediu a reparação do sofrimento provocado a “vítimas inocentes” no interior da Igreja, apelou à “verdade” e ao cuidado de quem “sofreu ou sofre violência”.

“Que a Quaresma reative em nós o valor das convicções, de não ter medo da verdade, nem medo de amar e dar a vida por quem sofreu ou sofre violência. O ser humano, cada ser humano, não é coisa, mas pessoa amada por Deus, e esse facto é a única justificação de toda a história da salvação. Que a Igreja hoje, na coragem do amor, expie o sofrimento que alguns filhos seus provocaram em tantas vítimas inocentes”, afirmou D. Rui Valério durante a homilia, enviada à Agência ECCLESIA, da celebração do Dia do Comando Operacional dos Açores.

A celebração ocorreu na ilha Terceira, tendo sido concelebrada por D. Armando Esteves, bispo de Angra.

D. Rui Valério afirmou que os homens e mulheres das Forças Armadas e de Segurança, “pelo serviço aos outros e pelos outros”, assumem a “sabedoria cristã”, entendendo que a sua existência se concretiza “no serviço aos irmãos, de forma abnegada e incondicional”.

“Quando tudo parece desfalecer ou fraqueja, é com as Forças Armadas que se conta, sempre disponíveis para acudir ao país e aos portugueses: no socorro às populações fustigadas por sismos ou outras calamidades naturais; no transporte aéreo de doentes e órgãos; na proteção de vidas e bens no combate a incêndios; na defesa de populações vulneráveis, alvos fáceis de grupos armados violentos, etc. Ser para os outros, sair de si, são caminhos para destronar o doentio individualismo”, evidenciou.

Recordando a história das Forças Armadas portuguesas, o responsável evidenciou o trabalho em prol da “igualdade de todos os cidadãos”.

“Também hoje, os nossos Militares labutam para «não deixar ninguém para trás». Nos lugares onde atuam têm incrementado a Paz Integral, com ações de solidariedade e ajuda humanitária a fim de promoverem a integralidade do ser humano superando fome, destruição, iliteracia e violência”, indicou.

A luta pela dignidade, “para que ninguém abdique da sua dignidade”, foi evidenciada pelo bispo do Ordinariato Castrense, na alusão ao trabalho da defesa da soberania nacional que as Forças Armadas e de Segurança concretizam.

A celebração do Dia do Comando, na Igreja da Misericórdia, foi participada pelo padre José Alfredo, Reitor do Pontifício Colégio Português, e estiveram presentes, entre outras pessoas, o representante da República para os Açores, o Presidente do Governo regional dos Açores, o presidente da autarquia de Angra do Heroísmo, Presidente da Assembleia Legislativa dos Açores; Chefe do Estado Maior general das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro; os três Chefes dos Ramos das Forças Armadas.

LS

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