Fiéis Defuntos: Papa sublinha importância da «esperança» na ressurreição

Francisco presidiu a Missa em cemitério romano

Roma, 02 nov 2016 (Ecclesia) – O Papa presidiu hoje à Missa pelos fiéis defuntos no cemitério romano de ‘Prima Porta’, onde falou da importância de preservar a “memória” de quem morreu e viver com a “esperança” da ressurreição.

“Voltemos para casa, hoje, com esta dupla memória: a memória do passado, dos nossos que já partiram, e a memória do futuro, o caminho que nós seguiremos, com a certeza, a convicção, a certeza que saiu dos lábios de Jesus: Eu o ressuscitarei no último dia”, pediu às centenas de pessoas que participaram na celebração.

Francisco começou por depositar, simbolicamente, um ramo de flores junto a um dos túmulos.

A homilia começou por evocar o livro bíblico de Job, que no momento da morte optou por deixar uma mensagem de “esperança” na vida eterna.

“Um cemitério é triste, lembra-nos os nossos que já partiram, lembra-nos também o futuro, a morte, mas a esta tristeza trazemos flores, como sinal de esperança. Posso dizer mesmo de festa”, assinalou o Papa.

Francisco falou em “flores da esperança”, que simbolizam, para os cristãos, a “esperança da ressurreição.

“Sentimos que esta esperança nos ajuda, porque também nós temos de fazer este caminho, todos nós”, acrescentou.

Já esta manhã, o Papa tinha recordado a comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, através de uma mensagem no Twiter, lembrando os mortos que ficaram esquecidos.

“Com fé visitamos os túmulos dos nossos entes queridos, rezando também pelos mortos de que ninguém se recorda”, escreveu, na sua conta ‘@pontifex’.

A ‘comemoração de todos os fiéis defuntos’ remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.

Roma oficializou-a no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.

Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja Católica (1915).

No final da Missa desta tarde, Francisco deslocou-se às grutas da Basílica do Vaticano para um momento de oração, em privado, "pelos Papas ali sepultados e por todos os defuntos", informou a sala de imprensa da Santa Sé.

Esta sexta-feira, Francisco vai presidir no Vaticano à Missa de sufrágio pelos cardeais e bispos que morreram no último ano.

OC

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Agência ECCLESIA

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