Direção artística anunciou que o certame só volta em 2017
Faro, 03 ago 2015 (Ecclesia) – O bispo do Algarve entende que o Festival Jota é um “dom” e um evento oportuno para “despertar” as comunidades cristãs, “mais alheias” das iniciativas juvenis nacionais, que têm o “cariz da Conferência Episcopal Portuguesa”.
“[O Festival Jota] É muito expressivo da unidade, da comunhão das dioceses e isto faz muito bem aos jovens quando se encontram e partilham vindo de diferentes lugares. Tudo é motivo de alegria e enriquecimento para todos”, disse D. Manuel Quintas.
À Agência ECCLESIA, o prelado considerou a realização da oitava edição do Festival Jota no Algarve “um dom” e um “meio de enriquecimento”, com a presença de tantos jovens de outras dioceses que levaram a sua alegria, juventude e “fé que procuram exprimir através da música”.
“A música é de facto um instrumento privilegiado também de encontro com Deus, de encontro mútuo, de partilha, de expressão de alegria e que nos predispõe para o que está para além daquilo que é visível, transporta-nos para o transcendente”, desenvolveu.
Para D. Manuel Quintas, o festival de música de inspiração cristã é uma das formas de chegar aos jovens durante as férias de verão, de fazer com que eles “sejam protagonistas destes encontros, ou outros análogos”, e de lhes dar a oportunidade de “se comprometerem, exprimirem verdadeiramente aquilo que sentem”, nomeadamente a sua fé e “adesão à pessoa de Cristo”.
“Considero uma experiência oportuna, positiva e muito benéfica, sobretudo para os jovens que nela participam”, observou.
O bispo do Algarve presidiu este domingo à eucaristia de encerramento do Festival Jota 2015, depois de quatro dias de música e formação, e, para além das leituras do dia, centrou a sua mensagem na Misericórdia, tendo presente o próximo jubileu e as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) de 2016, a realizar em Cracóvia, Polónia.
“Onde estiver um jovem cristão, um jovem que não passa sem Cristo pois que seja também o rosto da misericórdia de Cristo no meio dos seus colegas, dos lugares onde vive, ou seja, que neste ano que vamos iniciar e culminará com as Jornadas Mundiais da Juventude sejamos todos este rosto da misericórdia”, pediu e incentivou D. Manuel Quintas.
O diretor artístico deste evento, o padre Jorge Castela, no final da Eucaristia revelou que em 2016 não se vai realizar o Festival Jota, por ser o ano da JMJ que vai envolver muito esforço de todos os serviços diocesanos da Pastoral Juvenil” e porque “não houve candidaturas”.
Por sua vez, o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil agradeceu ao Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil do Algarve a “missão, testemunho e força”, sem esquecer a direção artística.
“O Festival Jota é uma forma autêntica de vivenciarmos aquilo que é o nosso testemunho e a nossa alegria da fé. Aspirai às coisas do alto. Não nos conformemos com a banalidade ou a mediocridade. Levai a alegria de ser cristãos”, pediu o padre Eduardo Novo.
A organização contabilizou que passaram pelo recinto do festival Jota cerca de 1100 pessoas entre o dia 30 de julho, aquando a receção ao campista, e este domingo, quando terminou o evento em Vale das Almas, (espaço da concentração internacional de motos de Faro), em Faro.
O Festival Jota nasceu em 2007 na Diocese da Guarda, onde se realizou três vezes, e esteve pela primeira vez no sul de Portugal, em concreto no Algarve, pelo número assíduo e crescente de jovens desta diocese que participaram em edições anteriores: Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Viseu.
CB