Festa transmontana no dia da Diocese de Vila Real

Houve festa transmontana no dia da Diocese de Vila Real, celebrado no passado Domingo. O tema central foi constituída pela trilogia “Diocese, Família e Vocações”, mas do dia não constou somente de reflexão e oração: o convívio fez-se festa e incluiu banda de música, jogo do pau, gaiteiros, rancho folclórico e mesmo chega de bois. De facto, a Diocese de Vila Real, que desde há seis anos vem a celebrar o seu «Dia» alternadamente numa das oito zonas em que, por motivos pastorais, se subdividiu, rumou, neste ano, a Montalegre, ao santuário do «Senhor da Piedade». Essa jornada pretende reunir os cristãos de toda a área diocesana, desde o Douro à fronteira com a Espanha e de Mondim de Basto a Valpaços, para se sentirem membros corresponsáveis de uma só comunidade. Mas visa, também, proporcionar um melhor conhecimento da área diocesana, pois se trata de uma Diocese de fortes contrastes sócio-económicos e culturais. De resto, deseja-se ainda proporcionar convívio aos grupos que, ao longo do ano, suportam o dinamismo pastoral das paróquias: catequistas, cantores, comissões fabriqueiras, escuteiros, animadores de grupos, jovens, etc. O tema deste ano era dedicado à Família, em virtude de se comemorarem os 75 anos do Seminário diocesano e os 25 anos de Episcopado do Bispo diocesano, D. Joaquim Gonçalves. O mote era: «Família, imagem da Diocese e berço de Vocações». Os trabalhos começaram por uma sessão no interior do santuário, totalmente repleto e transformado em sala de conferência. Em primeiro lugar, testemunhou o casal Bianchi de Aguiar sobre a educação religiosa dos filhos, desde a vida de oração em família e frequência dos sacramentos até ao diálogo sobre o que ouvem na catequese e nas escolas e mesmo sobre a orientação do namoro. Depois, o casal Mourão falou sobre o acompanhamento específico da vocação sacerdotal de um filho. D. Joaquim Gonçalves, que presidiu à sessão, fez o comentário dos testemunhos sublinhando que os filhos adivinham o que os pais têm no coração antes deles falarem e é esse «fundo do coração» que mais influi no seu comportamento. Depois do almoço, já com a multidão em volta do altar do recinto iniciou-se o cortejo litúrgico, com um número impressionante de bandeiras paroquiais (uma por cada Paróquia da Diocese). Na homilia, o Bispo diocesano falou da revelação do mistério de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, feita por Jesus no Novo Testamento, sublinhando que nós só conhecemos este mistério a partir de Jesus Cristo e pela acção de Deus em favor do mundo. Chamou, depois, a atenção para a relação «família-diocese», e insistiu na urgência da sensibilidade dos pais para o despertar das vocações consagradas, prolongando o tema da manhã. “Neste aspecto, a Diocese depende das famílias, e os pais não receiem falar aos filhos do seu próprio amor à Igreja, como falam do amor aos campos, aos negócios, à sua profissão. Não temam influenciar, afinal falam dos amores do vosso coração. Os filhos depois avaliarão o que podem seguir, o que o seu coração aconselha e, se não forem eles, esse testemunho fica e pode desabrochar num neto”, sublinhou. No final da Eucaristia, aconteceu o momento recreativo: a actuação do grupos atrás referidos e uma «chega de bois», espectáculo indispensável nos dias grandes do Barroso, num espaço a que alguns denominam de «chegódromo».

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