Férias: Jovens hospitaleiros dedicam-se à pessoa com doença mental

Duas iniciativas que são oportunidade para diminuir preconceitos

Lisboa, 06 ago 2015 (Ecclesia) – Os irmãos da Ordem Hospitaleira de São João de Deus desafiam os jovens viver umas férias de verão diferentes, colocando-os em interação com pessoas com doença mental, seja na atividade ‘campo de férias’ ou no ‘Agosto em lazer’.

“É uma forma de perder o medo da doença mental que muitos jovens têm. Ao aproximarem-se e conviver veem que são pessoas normais como nós, apenas têm uma doença e às vezes necessitam de um apoio”, explica o irmão Alberto Mendes.

À Agência ECCLESIA, o sacerdote que integra a equipa coordenadora da Juventude Hospitaleira frisa que o ‘campo de férias’ é uma forma dos jovens estarem em ação concreta com “gestos de solidariedade” com pessoas com doença mental.

“Uma simples conversa e escuta às vezes é muito e pode valer muito mais do que qualquer tratamento”, observa sobre a atividade que termina esta sexta-feira em Areias de Vilar, Barcelos.

Nesta casa, os irmãos da Ordem Hospitaleira de São João de Deus têm mais de 200 pessoas internadas e os jovens que aceitaram o desafio para além de conhecerem a doença mental também “ocupam o tempo livre” numa atividade onde existem momentos de “oração, convívio” e formação para poderem estar com as pessoas com doença mental.

“É necessário saber estar e lidar com os doentes. A abordagem tem de ser ensinada a quem não está habituado”, acrescenta o irmão Alberto Mendes.

Habituado à doença mental pelo carisma da sua vocação, o sacerdote frisa que a sociedade ainda tem “receio à doença mental” e quando os jovens leva os utentes das casas dos irmãos, por exemplo, à cidade, ao café, nas atividades exteriores existe “admiração”.

A Ordem Hospitaleira de São João de Deus tem ainda outra iniciativa que propõe à sua juventude e jovens em geral, o ‘Agosto em Lazer’, também em Barcelos mas noutra casa de saúde.

“Todos os anos fazemos essa atividade e o interessante é que vai de encontro da disponibilidade, da agenda, dos jovens”, desenvolve, explicando a proposta na entrevista transmitida hoje no Programa ECCLESIA, às 21h30, na Antena 1 da rádio pública.

O irmão Alberto Mendes entende estas atividades e convites como uma “caminhada de crescimento” onde existe a oportunidade dos jovens se desligarem do mundo, “dos valores materiais e ligar mais aos valores da ética e da bioética”.

SN/CB

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