FÉRIAS – Basta descansar

Joana Corrêa Monteiro

A vida de oração não pode ser um programa de ginásio espiritual. A disciplina que tanto me falta e tanto peço não é o verdadeiro fim. Basta descansar – o que eu realmente queria e que tão facilmente esqueço.

À entrada de mais uma temporada de férias, lembro-me de um belíssimo poema de Cristovam Pavia, A Nossa Senhora

Voltarei à penumbra fresca da igreja
Ancestral, silenciosíssima e vazia,
Aonde está pousado o teu altar:
Doce mãe Maria…
E ajoelhar-me-ei,
E fecharei os olhos sem pensar…
– Que a minha oração nada mais seja:
Basta descansar.

Ouvi recentemente o Cardeal Patriarca D. Manuel Clemente a explicar que uma das grandes tentações ou dificuldades na vida cristã é a de querer ser “pai de Deus”, em vez de filho. À atitude filial de quem confia, pede ajuda, depende inteiramente de Deus, D. Manuel contrapunha a nossa tendência para pedir aquilo que nós já assumimos ser o melhor, de fazer recomendações ou até exigências, de preferir sempre a nossa vontade e de montar esquemas que blindem qualquer hipótese de surpresa – e de vida.

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