Fátima: Vida e obra da irmã Lúcia devem ser mais reconhecidas

Fátima, Santarém, 28 mar 2014 (Ecclesia) – O diretor do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário de Fátima disse que a dimensão da vida e obra da irmã Lúcia “é comparável à das grandes mulheres da História”, lamentando a falta de “reconhecimento”.

“Ou porque estamos demasiado perto do tempo que ela viveu, ou devido a alguns preconceitos ligados à história política e cultural do nosso país, não temos a verdadeira dimensão da importância que esta mulher teve dentro da Igreja Católica, e a tendência é desvalorizá-la”, disse o especialista num jantar-conferência que se realizou na noite de quinta-feira, em Fátima.

“Mesmo vivendo antes do Concílio Vaticano II, estando ligada a uma congregação religiosa, e portanto, numa ambiência de humildade e sujeita a uma hierarquia, ela escreveu a Papas e a bispos de todo o mundo. É uma mulher comparável às grandes mulheres que conhecemos, quer na Idade Média, quer na Idade Moderna”, reiterou Marco Daniel Duarte, citado pela edição online da revista ‘Fátima Missionária’.

Convidado a fazer uma abordagem histórico-cultural do segredo de Fátima, o responsável preparou uma “viagem documental” que começou nas primeiras imagens tiradas aos três videntes, Lúcia de Jesus, Jacinta e Francisco Marto, em julho de 1917, passou pelos primeiros escritos da Irmã Lúcia, por excertos dos interrogatórios, pelo documento onde a religiosa revela a terceira parte do segredo e terminou com a referência à divulgação dessa mensagem em Fátima, no ano 2000, e à publicação subsequente de um documento sobre as aparições, assinado pelo então cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

“É um documento notável, quer sobre as aparições em sentido geral, quer sobre as aparições de Fátima, nomeadamente na questão relacionada com o segredo”, explicou o historiador que aconselhou os presentes “a explorarem mais a fundo o pensamento explanado por Ratzinger para reforçarem a sua fé”, disse.

Organizado pelo Museu de Arte Sacra e Etnologia (MASE), dos Missionários da Consolata, o jantar-conferência foi o primeiro de um ciclo que pretende levar a Fátima especialistas nas mais diversas áreas, relacionadas com a religião, missão e património.

FM/MD

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